Caixa reduz juros e aumenta valor de financiamento para imóveis


A Caixa Econômica Federal anunciou hoje (16.abr.2018) que vai reduzir em até 1,25 ponto percentual as taxas de juros do crédito imobiliário que utiliza recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Trata-se da 1ª redução de juros pelo banco desde novembro de 2016.

Além das taxas, o banco divulgou a ampliação da cota de financiamento para a compra imóveis usados, de 50% para 70%. A Caixa também retomou o financiamento de operações do chamado interveniente quitante (imóveis com produção financiada por outros bancos) com cota de até 70%.

No total para 2018, o banco vai disponibilizar R$ 82,1 bilhões para o crédito habitacional. De acordo com comunicado, o banco mantém a liderança no segmento com cerca de 70% das operações.

As taxas mínimas de juros pelo SBPE passaram de 10,25% a.a para 9% a.a, no caso de imóveis dentro do SFH (Sistema Financeiro de Habitação) e de 11,25% a.a para 10% a.a, para imóveis enquadrados no SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário).

No 1º caso, são incluídos no SFH os imóveis residenciais de até R$ 800 mil, para todo país, exceto Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, que possuem limite de R$ 950 mil. Já os imóveis residenciais acima dos limites do SFH são enquadrados no SFI.

ACESSO À CASA PRÓPRIA

Em comunicado divulgado pela Caixa, o presidente do banco, Nelson Antônio de Souza, afirmou que taxas menores facilitam o acesso à casa própria, além de contribuir para estimular o mercado imobiliário.

O objetivo da redução é oferecer as melhores condições para os nossos clientes, além de contribuir para o aquecimento do mercado imobiliário e suas cadeias produtivas”, disse.

RESULTADOS A MÉDIO PRAZO

O anúncio da Caixa foi bem recebido pelo mercado como medida de estímulo para a economia. O economista da MCM, Antonio Madeira, afirmou ao Poder360 que, dada a importância do banco no mercado de crédito imobiliário, a redução de juros traz impactos no setor a médio prazo. “Com a recuperação do mercado de trabalho e melhora da renda, as pessoas poderão se sentir mais confortáveis para investir em imóveis“.

Madeira também ressaltou que a medida está em linha com os ciclos de baixa dos juros previstos pelo Banco Central, mas que os reflexos só serão sentidos em alguns meses.

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