Fachin pauta pedido da PGR para anular delação de Sérgio Cabral


Se o pedido for aceito pela maioria dos ministros, serão anulados os inquéritos e também o pedido da PF para investigar Dias Toffoli

Edson Fachin levará para o plenário virtual do Supremo, a partir do dia 21, um recurso da Procuradoria-Geral da República para anular a delação de Sérgio Cabral. Cada um dos 11 ministros terá até o dia 28 para apresentar seus votos escritos.

Se o pedido da PGR for aceito, deverão ser anulados os inquéritos abertos com base na colaboração. Também cai um pedido da Polícia Federal para investigar Dias Toffoli pelo suposto recebimento de R$ 4 milhões para favorecer dois prefeitos fluminenses quando era ministro do TSE — o ministro diz que “jamais recebeu os supostos valores ilegais”.

No recurso, o procurador-geral, Augusto Aras, contesta o poder da PF para fechar acordos de delação — o STF já decidiu que a corporação tem poder para celebrar os acordos.

No ano passado, antes de deixar a presidência do STF, o próprio Toffoli anulou inquéritos abertos com base na delação, a pedido de Augusto Aras. A defesa de Cabral recorreu e o caso está com Rosa Weber.

No mês passado, como mostrou O Antagonista, a PF encaminhou a Fachin um novo lote de 25 anexos da delação de Cabral envolvendo autoridades com foro privilegiado.

Antes, Fachin já havia homologado outros 20 anexos anteriores — cada um contém um episódio com acusações que envolvem pagamento de propina a políticos e integrantes do Judiciário.

Aviso: Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não reflete a opinião deste site. Todos os comentários são moderados e nos reservamos o direito de excluir mensagens consideradas inadequadas com conteúdo ofensivo como palavrões ou ofensa direcionadas a pessoas ou instituições. Além disso, não serão permitidos comentários com propaganda (spam) e links que não correspondam ao post.