Mário Frias diz que ativista negro deveria ‘tomar banho’; Jones Manoel o acusa de racismo


O secretário Especial de Cultura do governo federal, Mário Frias, atacou, nesta quinta-feira (15), o historiador negro Jones Manoel com um comentário dizendo que ele “precisa de um bom banho”.

O ativista pernambucano contestou, usando as contas no Twitter e Instagram, afirmando que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) tem “integrantes nazistas e racistas” e que “o país terá muito trabalho para limpar essa escória”.

Tudo começou quando Frias comentou uma postagem feita pelo assessor da Presidência da República Tércio Arnaud Thomaz, que compartilhou um post do site Brasil 247 com a frase: “Jones Manoel diz que já comprou fogos para eventual morte de Bolsonaro”.

Então, Arnaud perguntou, usando uma expressão chula, quem era Jones Manoel. Frias respondeu ao post com a seguinte frase: “Não sei. Mas se soubesse diria que ele precisa de um bom banho”.

Com cabelo afro e barba e militante do PCB, Manoel rebateu também pela internet. “Governo liberal-fascista de Bolsonaro é lotado de racistas, nazistas e tudo que não presta”.

O historiador disse que ainda não tinha prestado queixa por causa dos ataques, mas que está avaliando entrar na Justiça.


ACM Neto provoca: ‘Se tem alguém que sabe vencer o PT na Bahia sou eu’


O presidente nacional do Democratas, ACM Neto, possível candidato ao Governo da Bahia em 2022, provocou, em viagem feita a Ipiaú nesta quinta-feira (15), o adversário político ao dizer que “sabe vencer o PT” nas urnas.

“Se tem alguém que sabe vencer o PT aqui na Bahia sou eu. Em 2012 em Salvador. Já citei esse exemplo para vocês. Naquela época todas as condições eram favoráveis aos meus adversários”, disse o democrata.

“Eu tinha poucos partidos. Estrutura política era de oposição total. Tive coragem de ir para luta e levar minhas ideias”, continuou Neto.

“Respeito o PT, como respeito todos os partidos, mas existem dois caminhos possíveis: de olhar para o futuro ou o caminho de ficar preso ao passado”.

“Não quero criticar ninguém, mas inevitavelmente vamos ter confronto entre o passado e o futuro”, acrescentou o ex-prefeito de Salvador.


Bolsonaro tem obstrução intestinal e será transferido para São Paulo; médicos avaliam cirurgia de emergência


O presidente Jair Bolsonaro enfrenta um quadro de obstrução intestinal e deve ser transferido para São Paulo para que os médicos avaliem a necessidade de uma cirurgia de emergência, informou nesta quarta-feira (14) em nota oficial a Secretaria de Comunicação da Presidência da República.

Bolsonaro foi internado no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, após sentir dores abdominais na madrugada. Segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, o presidente chegou a ser sedado pela manhã, mas já acordou e deve ser transferido ainda nesta quarta para São Paulo.

De acordo com a nota oficial, a constatação da obstrução intestinal foi feita pelo cirurgião gástrico Antonio Luiz Macedo, que acompanha a saúde de Jair Bolsonaro desde o atentado a faca sofrido pelo então candidato nas eleições de 2018.


Pais revoltam com decisão do governo em voltar as aulas na Bahia, Rui Costa diz que professor que não retornar terá salário reduzido


Os professores que se recusarem a voltar às salas de aula da rede estadual de ensino da Bahia terão as ausências descontadas na folha de pagamento no final do mês, como afirmou o governador Rui Costa (PT) durante entrevista à TV Bahia, na manhã desta quarta-feira (13).

Através das redes sociais os pais dos alunos estão reivindicando a decisão do governador. “Sem vacina meu filho não entra na sala de aula”, relatou mãe de aluno da rede escolar pública de Caculé.

Nesta terça-feira (12), o governador anunciou o retorno das atividades no próximo dia 26 de julho. As aulas estavam suspensas desde março do ano passado, quando os primeiros casos de Covid-19 foram identificados na Bahia.

O anúncio da volta, no entanto, não foi bem vista pelo diretor-geral da APLB, Rui Oliveira, que reagiu afirmando que os profissionais da educação só voltam para o trabalho caso toda a categoria esteja 100% imunizada com a segunda dose. Ele argumenta que os professores não foram ouvidos pela gestão estadual.


‘Não deveria ter recebido’, diz Jaques Wagner sobre relógio dado pela Odebrecht


O ex-ministro e ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT) afirmou que deveria ter devolvido o relógio de US$ 20 mil que ganhou da empreiteira de Marcelo Odebrecht em seu aniversário, para evitar qualquer tipo indicação de que poderia favorecer a empreiteira em contratos com o governo baiano.
Segundo Wagner, o presente dado em 2012 foi aceito em razão da “amizade de longa data” que ele tinha com Cláudio Melo Filho, ex-executivo da Odebrecht e delator da Operação Lava Jato. “O cara era meu amigo, eu o conheço desde o pai dele (Claudio Melo). É um gostador de relógio, como eu sou. Me deu o relógio”, disse Wagner, que participa nesta segunda-feira, em Brasília, do seminário “Estratégias para a Economia Brasileira – Desenvolvimento, soberania e inclusão”, promovido pelas lideranças do PT na Câmara e no Senado e pela Fundação Perseu Abramo. “Se ele deu achando que ia me comprar, eu até reconheço que não deveria ter recebido”, completou.
A informação sobre o presente foi repassada aos investigadores por Claudio Melo Filho. O relógio Hublot, modelo Oscar Niemeyer, detalhou o delator, traz a imagem do Congresso Nacional ao fundo. Em outros aniversários, disse Melo Filho, também foi enviado a Jaques Wagner um relógio da marca Corum, modelo Admirals Cup.
“Recebi como um de amigo rico que está me dando um presente”, afirmou o ex-ministro. “Se ele achava que, por conta disso, ia colher alguma coisa dentro do governo, é só ele dizer o que ele colheu dentro do governo por conta do presente.”
Principal contato de Jaques Wagner com a Odebrecht, Cláudio Filho afirmou que, em 2006, 2010 e 2014, a empresa deu R$ 25 milhões em doações eleitorais, via oficial e por caixa 2, para as campanhas do petista e para a campanha do governador da Bahia, Rui Costa (PT), em 2014. Os pagamentos tinham o aval de Marcelo Odebrecht. Ambos negam as irregularidades.
Fonte Estadão