Unificação das eleições vai gerar economia de 12 bilhões para o país, prefeitos defendem movimento Pró Município


Prefeitos defendem a pauta durante a 2ª edição do Movimento Pró Município, nesta segunda-feira (03)

“O Brasil não pode mais ser o país das eleições, que todo ano tem eleição e com o custo alto para os cofres públicos”. Com essas palavras o presidente da União dos Municípios as Bahia (UPB), vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro, deu início a 2ª edição do Movimento Pró Município, na manhã desta segunda-feira, dia 3, em Salvador. O evento, que destaca pautas municipalistas, em especial a unificação das eleições, contou com a participação de mais de 2 mil pessoas, incluindo prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais, senadores e o governador Rui Costa.

Antes de iniciar a marcha em direção a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), os participantes se reuniram em frente à sede da UPB. Momento em que o diretor da UPB e prefeito de Belo Campo, José Henrique Silva Tigre, leu a Carta Municipalista, que elencou os pleitos de prefeitos e vereadores baianos. O principio da economicidade é o principal motivo para que se almejem a unificação das eleições. “Queremos que vocês, deputados e senadores, levem a nossa voz porque essa é uma questão de economia e fortalecimento da democracia”, afirmou Eures Ribeiro.

Eures lembrou que essa é uma pauta de todos os municípios brasileiros. Também por esse motivo o evento contou com a participação do presidente da CNM, Glademir Aroldi. Dois grandes motivos reforçam a importância dessa pauta: o alto custo de eleições a cada dois anos e a necessidade de alinhar orçamentos. “O custo de uma eleição municipal está em torno de R$12 bilhões, sendo que 80% desse valor é dinheiro público. Ano passado tivemos eleições e no ano que vem vamos ter de novo. Os municípios encaminharam para as câmaras de vereadores e aprovaram o plano plurianual em 2017 e, agora em 2019, são os estados e a união estão encaminhando e votando seus planos plurianuais, ou seja, os orçamentos não se conversam”.

“Ter eleição é algo fundamental. O alimento principal da democracia é a soberania do voto. Nós temos que normatizar e regular para que a eleição seja um processo livre e democrático. Eu sempre participei desses debates e sempre me posicionei a favor da unificação das eleições no Brasil. Isso melhoraria muito o ambiente político”, disse o Deputado Federal e coordenador da bancada da Bahia na Câmara dos Deputados, Daniel Almeida. Posição que foi compartilhada com a presidente da União dos Vereadores da Bahia (UVB), Edilene Ferreira. “Com a unificação dos mandatos vamos fazer uma economia muito grande para o nosso país”, defende.

Onze pautas compõem a Carta Municipalista dos Prefeitos da Bahia. São elas: unificação das eleições; aumento em 1% do Fundo de Participação dos Municípios – FPM; Cessão Onerosa do Petróleo ; pagamento imediato dos royalties do Petróleo pelo Estado aos Municípios da Bahia; regularização dos repasses atrasados da saúde; regularização dos repasses atrasados da assistência social; comprometimento dos Secretários Estaduais no atendimento aos prefeitos e prefeitas; urgente regulamentação da aplicação homogênea da dosimetria das multas aplicadas aos gestores pelo Tribunal de Contas da União (TCM); nova regulamentação nos recursos das contas pelo TCM; aplicação das Resoluções n. 02/2018 e n. 03/2018; e apoio da Alba para o efetivo cumprimento das pautas municipalistas.

“Nós temos defendido permanentemente o aumento de 1% no Fundo de Participação dos Municípios, já aprovamos no Senado há algum tempo e agora a Câmara precisa pautar para aprovar isso antes de setembro para que possa valer imediatamente”, disse o senador Otto Alencar sobre o aumento do FPM.

Governador se compromete a iniciar o pagamento dos royalties do petróleo em janeiro 2020

Notícia foi dada durante a 2ª edição do Movimento Pró Município, nesta segunda-feira (03)

Durante a participação na 2ª edição do Movimento Pró Município, na manhã desta segunda-feira, dia 3, no CAB, em Salvador, o governador Rui Costa se comprometeu a iniciar o pagamento do royalties do Petróleo em janeiro de 2020. “Já determinei ao meu procurador que até dezembro possa chegar a um entendimento com a UPB para praticar, a partir de janeiro de 2020, esse acordo com todos os municípios da Bahia”, garante.

Em sua fala, Rui lembrou que durante os quatro anos do seu primeiro mandato conseguiu antecipar recursos, “como uma forma de ajudar os prefeitos a fecharem contas e organizarem suas finanças”. Sobre repasses desse ano, Rui tranquilizou os prefeitos. “Quero reforçar que nós não levaremos para o segundo semestre nenhum passivo do primeiro semestre desse ano. Vamos deixar todos os valores pagos”.


Rui diz que corta salário de professor em greve para não parecer ‘férias’


O governador Rui Costa (PT) justificou hoje (28) o corte de salários dos professores das universidades estaduais, em greve desde o dia 9 de abril. Segundo o petista, caso não tomasse essa atitude, os professores poderiam parecer estar de “férias”.

“Eu estou agindo com minha consciência. Eu nunca fiz uma greve recebendo salário. O salário você discute na hora de encerrar a greve. Sempre foi assim. Não me lembro, na minha vida, que minha categoria ou outra recebeu parado, ou é férias”, afirmou, em entrevista ao site Brasil 24/7.

O governador disse ainda que, sem o corte de salário, “20 pessoas” poderiam se reunir, fazer uma assembleia e deflagar greve por 12 meses. “Isso não é razoável. O povo precisa do serviço público. Eu fui sindicalista mais de dez anos. Não vi uma pagar o salário normalmente. O pagamento se discute no fim”, reafirmou.

Rui Costa sinalizou que, com o fim do movimento paredista, o governo deve sentar para redefinir as aulas nas instituições e a reposição salarial. Ele voltou a defender que os professores baianos recebem mais do que docentes de instituições federais e ressaltou ainda um acordo firmado com técnicos e analistas de universidades.

Na negociação, que envolveu professores da Uneb e da Uesc, ficou definida a reestruturação da tabela de vencimentos dos técnicos administrativos das quatro universidades estaduais que têm vencimentos abaixo do salário mínimo e o ajuste do quadro de vagas para permitir a promoção na carreira de 244 servidores destas duas instituições, sendo 184 da Uneb e 60 da Uesc.


Deputado Isidório se oferece para falar com Bolsonaro: ‘Com doido, só outro doido’


Durante sessão no Plenário da Câmara dos Deputados, de terça-feira (21/5), o deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante/BA) criticou o que chamou de “desajustes que estão acontecendo nesta nação”, referindo-se ao decreto de armas assinado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.
O parlamentar sugeriu, então, uma interlocução de uma comissão da Casa ou de um deputado para conversar com o chefe do Palácio do Planalto “em busca da paz”. “E pelo perfil dele (Bolsonaro), me sinto preparado pra ir, se for necessário, porque venho da Bahia, sou conhecido como doido e, pra conversar com doido, só outro doido”, disse (assista abaixo). A fala de Isidório foi interrompida pelas risadas dos deputados presentes na sessão.

Mudanças

Após muitas críticas de segmentos da sociedade, o presidente publicou, nesta quarta-feira (22/5), várias retificações no chamado Decreto de Armas. Mais de 20 pontos do decreto original foram modificados.


Nilo Coelho, ex-prefeito de Guanambi, é condenado por forjar licitação para locação de caminhões


A pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal condenou o ex-prefeito de Guanambi, Nilo Coelho (PSDB), e os membros da comissão de licitação, Elisângela Alves Teixeira, David Xavier Souza Júnior e Alencastre Honório Moura, por improbidade administrativa, ao forjar licitação para locação de caminhões em 2009. O valor estimado para a contratação ultrapassou R$ 4 milhões. Segundo o órgão, os réus realizaram licitação de fachada para forjar competição entre falsos participantes para locação de 20 caminhões tipo basculante. Na ação, o MPF apontou diversas irregularidades no edital e no processo de licitação, como restrições indevidas que impediam a ampla participação de interessados. A investigação concluiu que o procedimento licitatório foi realizado para mascarar a contratação direta. Os acionados foram condenados por improbidade administrativa que causa lesão ao erário – por frustrar a licitude de processo licitatório – e também por ofensa aos princípios da administração pública. Além da suspensão dos direitos políticos por cinco anos, a Justiça determinou a todos os condenados o pagamento de multa de três vezes o valor da última remuneração recebida na gestão de Nilo Coelho à frente de Guanambi e a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios e incentivos fiscais ou creditícios por cinco.

 

Informações do Sudoeste Bahia

Paulo Guedes: Quem fica 16 anos no poder não tem direito de perguntar onde estão os empregos


Na sua audiência na comissão especial da reforma da Previdência, Paulo Guedes já começou rebatendo as críticas de Jandira Feghali. O ministro da Economia disse que não dá para quem ficou 12 anos no poder exigir providências imediatas para consertar os estragos feitos.

Segundo o ministro a “velha” Previdência é uma “fábrica de privilégios” e uma “máquina perversa de transferência de renda”.