Região de Guanambi tem menor taxa de mortalidade por Covid-19 do país, mas vive pior momento da pandemia


A Região Intermediária de Guanambi tem a menor taxa de mortalidade pela Covid-19 entre as 125 regiões intermediárias do país. A taxa de mortalidade média dos 31 municípios, com população de mais de cerca de 710 mil habitantes, está atualmente em 36 óbitos/100 mil hab., somando um total de 257 mortos.

Apesar do número reduzido de mortes em relação a outras regiões, os municípios próximos a Guanambi vivem o pior momento da pandemia, com escalada significativa no número de casos e principalmente de mortes nas últimas semanas, além da forte pressão hospitalar com ocupação de leitos próximas do limite.

A conclusão do dado foi feita com base no processamento de dados do Ministério Saúde pelo projeto Geocovid – Map Biomas, que produziu estatísticas e projeções sobre a Covid-19 em todos os municípios, regiões (Intermediária, Imediata e de Saúde) e estados brasileiros.

Esta nova divisão geográfica de regiões intermediárias e regiões imediatas foi criada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017 para atualização dos recortes regionais, substituindo a divisão por mesorregiões e microrregiões. A Região Intermediária de Guanambi se divide em duas Regiões Imediatas, de Guanambi, com 24 municípios, e de Bom Jesus da Lapa, com mais sete municípios.

Considerando as regiões imediatas, Bom Jesus da Lapa e municípios vizinhos têm taxas de mortalidade ainda menores, 30 óbitos/100 mil hab., enquanto os municípios vizinhos a Guanambi registram taxa de 39 óbitos/100 mil hab. Macaúbas continua sendo o município brasileiro de mais de 50 mil habitantes com menor taxa de mortalidade 14 óbitos/100 mil hab. (pelo Ministério da Saúde e 16 óbitos/100 mil hab. pelo boletim mais recente da prefeitura).

Bom Jesus da Lapa, Caetité, Guanambi e Macaúbas estão entre os 50 municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes com as menores taxas de mortalidade.

As duas outras regiões intermediárias com menores taxas também ficam na Bahia – Paulo Afonso (48 óbitos/100 mil hab.) e Irecê (50 óbitos/100 mil hab.). Do outro lado, com maior letalidade, está a Região Intermediária de Manaus (331 óbitos/100 mil hab.). Na Bahia, as regiões de Salvar e Ilhéus e Itabuna apresentam as piores taxas, 139 e 138 óbitos/100 mil hab. respectivamente.

Dois municípios da região não registraram óbitos, Ibiassucê e Tanque Novo. Dos 5.570 municípios Brasileiros, pelo menos 5.400 registraram ao menos uma morte pela Covid-19. Já entre os 417 municípios baianos, 411 tiveram pelo menos uma morte. Além de Ibiassucê e Tanque Novo, Novo Horizonte, Gavião, Cartolândia e Cravolândia não registraram óbitos.

Já os municípios com maiores taxas de mortalidade da região são Igaporã (109 óbitos/100 mil hab.) e Malhada (95 óbitos/100 mil hab.).

Considerando as Regiões de Saúde definidas pelas Secretarias Estaduais e pelo Ministério da Saúde, o Centro Sul Baiano e a metade norte de Minas Gerais possuem as menores taxas de mortalidade. Destaque para a região de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, com 22 óbitos/100 mil hab e Janaúba, com 23 óbitos/100 mil hab. Nos 22 municípios da Região de Saúde de Guanambi, a taxa é de 39 óbitos/100 mil hab.

Também há taxas mais baixas em regiões de saúde do Maranhão, estado com menor taxa de mortalidade, 82 óbitos/100 mil habitantes. A Bahia aparece em segundo, com 98 óbitos/100 mil hab. O Amazonas segue sendo o pais com maior mortalidade, 283 óbitos/100 mil hab., seguido de Rondônia, com 216 óbitos/100 mil hab. e Rio de Janeiro, com 205 óbitos/100 mil habitantes.

A Região Intermediária de Guanambi é também a terceira com menor incidência de contaminados. São 20.531, taxa de 2.881 casos por 100 mil habitantes, menor apenas do que da Região Intermediária de São Luís, capital do Maranhão, com 2.251 casos/100 mil habitantes, e da Região Intermediária de Paulo Afonso, no Nordeste da Bahia, com 2.746 casos/100 mil habitantes.

Projeções

O Geocovid faz previsões de casos e de óbitos para cada 60 dias. Estas estimativas são calculadas por modelos matemáticos que levam em conta uma série de fatores estatísticos e variáveis de comportamento do vírus e o do comportamento da população quanto às medidas de isolamento social.

As projeções apontam para mais 160 mil mortes no país no período considerando a atual taxa de transmissão. Para os 31 municípios da região de Guanambi, as projeções matemáticas apontam aumento significativo no número de mortes no período, podendo ultrapassar 200 nos 60 dias. Só em Guanambi, podem morrer mais 60 pessoas segundo os modelos estatísticos.

Nesta sexta-feira (26), a Secretaria Municipal de Saúde de Guanambi informou que identificou a paciente infectada com a variante do coronavírus identificada em Manaus. Esta cepa é considerada mais transmissível e pode causar sintomas mais graves nos pacietnes.

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