Renault injeta R$ 1 bi no Brasil e promete lançamentos e elétricos


Na contramão de montadoras como a Ford, que decidiu fechar suas fábricas no Brasil após um século de produção no país, a francesa Renault anunciou nesta segunda-feira (1º) que investirá R$ 1,1 bilhão em seu complexo fabril no Paraná.

A companhia afirmou, em comunicado, que o movimento é “estratégico” e que, além do investimento na fábrica, pretende lançar cinco veículos no país até 2022, além de dois automóveis elétricos.

Para o CEO da empresa, Ricardo Yuji Gondo, fabricar um veículo no Brasil traz muitas “complexidades”, como a alta carga tributária e os altos custos logísticos e de fabricação, que “comprometem a competitividade”. Por isso, o valor alto na hora de investir no mercado local. “Para sermos competitivos, temos que investir continuamente na renovação dos nossos produtos”, disse.

Virando a ‘Tesla’ do Brasil

Segundo o CEO da Renault, a marca francesa “foi pioneira na oferta de veículos elétricos” e “mais de 330 mil já foram comercializados no mundo todo”.

“No Brasil, começamos a comercializar veículos elétricos em projetos de mobilidade sustentável em 2013 e, desde novembro de 2018, oferecemos o Zoe para o público final. Somos líderes, com cerca de 350 veículos elétricos já comercializados no Brasil”, diz.

O mercado ainda é pequeno no país, com uma fatia de apenas 0,03%. Mas investir em um carro elétrico com um preço mais popular pode atrair mais o brasileiro e popularizar o setor no Brasil.

Nos Estados Unidos, por exemplo, em agosto do ano passado, a Tesla era a responsável por 80% do mercado de veículos elétricos. Mas a Tesla não deve desembarcar no Brasil tão cedo –seus altos custos tanto para a produção quanto para a venda seriam grandes empecilhos no país. Martins acredita que, exatamente por isso, o momento é oportuno para outras empresas apostarem nesse setor.

“O mercado de motorização elétrica ou sustentável está virando uma prioridade para o mercado das montadoras, até para minimizar a vantagem que a Tesla tem no mundo em termos de carros elétricos. Ela disparou porque ninguém cobria esse mercado”, afirma.

Segundo ele, a Renault está se esforçando para produzir motores mais sustentáveis e deixar os anos de prejuízo para trás. A única forma de fazer isso, no entanto, é “sair na frente” da concorrência.

Aviso: Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não reflete a opinião deste site. Todos os comentários são moderados e nos reservamos o direito de excluir mensagens consideradas inadequadas com conteúdo ofensivo como palavrões ou ofensa direcionadas a pessoas ou instituições. Além disso, não serão permitidos comentários com propaganda (spam) e links que não correspondam ao post.