Envolvidos em desvios na Educação em Jequié podem pegar até nove anos de prisão


Os envolvidos no esquema de desvio de recursos públicos destinados à área da educação em Jequié podem pegar até nove anos de prisão por crimes como peculato, associação criminosa e supressão de documento público. A informação veio do superintendente da Controladoria-Geral da União na Bahia, Ronaldo Machado.

“O esquema funcionou a partir de 2013, quando se contratou uma empresa de mão de obra terceirizada. O contrato foi prorrogado sem novas licitações. A prefeitura loteou as unidades escolares e de saúde para os vereadores, como forma de obter apoio político. Havia escolas com 12 pessoas trabalhando, mas, na prática, havia apenas uma”, disse em entrevista coletiva na sede da PF em Vitória da Conquista.

Ainda de acordo com o superintendente, havia folhas de frequência dos funcionários fantasmas que eram assinadas pela coordenação das unidades escolares e de saúde.  “As diretoras homologavam essas folhas e encaminhavam para pagamento. Já havia todo um acerto nesse sentido. Algumas não concordavam e procuravam a secretaria para denunciar”, explicou.

Na manhã desta terça-feira (05), a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União, deflagrou a Operação Melinoe, que visa combater crimes de desvio de recursos públicos destinados à área da educação. 58 Policiais Federais e 6 auditores da Controladoria Geral da União cumprem 23 mandados de condução coercitiva, 18 de busca e apreensão e 5 mandados de medidas cautelares nos municípios baianos de Jequié, Jaguaquara e Salvador.

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