O Sertão Em Dia foi até o Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA) para mais esclarecimentos sobre a redução da verba repassada pelo governo do estado. Em entrevista com o médico e diretor Dr. Charles Martins, foi direcionado as dificuldades financeiras do HNSA: “o Hospital presta serviço para o SUS, e o SUS paga pelo serviço prestado. Dentro do serviço que a gente presta aqui, tem o atendimento de urgência e emergência no ambulatório, é feito em média 2.500 atendimentos por mês, só que desses 2.500 o SUS só paga 493, e paga 11 reais por consulta, raio x do tórax é feito em média 100 por mês e o SUS só paga 5, em média 6,90 por cada raio x”.
Todo serviço ambulatorial que é prestado, como: ortopedia, urologia, urgência e emergência, clínica médica, pediatria, sutura, pequenas cirurgias, raio x, laboratório, fisioterapia, entre outros o máximo repassado pelo SUS é 17 mil reais por mês, para pagar todos os procedimentos e os profissionais.
Ao perguntar à Dr. Charles, sobre o custo geral do hospital, ele ressalta que o valor gira em torno de R$ 200.000,00.
Segundo o médico, “hoje o Hospital de Caculé não recebe ajuda financeira do estado, pois o mesmo só paga o que deve, Caculé é a única cidade que contribui com o repasse mensal, girando em torno de R$ 130.000,00, não havendo este repasse podemos decretar falência do hospital e fechar as portas”.
Dr. Charles relata, “o HNSA atende todas as cidades vizinhas, sendo elas: Mortugaba, Jacaraci, Licínio de Almeida, Guajeru, Rio do Antônio, Ibiassucê e até mesmo cidade como Lagoa Real”, mesmo com todas as dificuldades o diretor faz a seguinte observação, “50% dos atendimentos realizados são de outras cidades, recebemos todos os pacientes da região e continuaremos recebendo, pois somos os únicos das cidades circunvizinhas que tem as devidas condições e estrutura para acolher a população regional”.
O município de Caculé tem em média 25 mil habitantes, sendo o que possui maior população entre as cidades vizinhas, consequentemente terá uma demanda superior quanto aos atendimentos e internamentos, mesmo assim Caculé não se torna mais beneficiada em comparação aos outros municípios.
Após a entrevista com o médico e diretor do hospital, o Sertão Em Dia foi até a recepção para verificar os atendimentos, todos os procedimentos estavam ocorrendo dentro das normalidades, sendo assim entrevistamos um casal da cidade de Mortugaba: Erivelto Alves e Arlete Alves, o recente pai relatou ao Sertão: “Deslocamos na quarta feira para Caculé, dando entrada no hospital no mesmo dia, minha esposa foi muito bem recebida e atendida, os procedimentos foram realizados normalmente, ela teve que fazer uma cesariana na quarta feira mesmo, ela deu a luz a nossa filha, graças a Deus tudo ocorreu em paz o atendimento médico foi ótimo, assistência das enfermeiras foi perfeita. Não tenho nada a reclamar, o hospital está de parabéns pelo atendimento”.
Por: Caetano Augusto