A situação da Prefeitura de Caetité (BA) vem colocando em cheque a gestão do prefeito Aldo Ricardo Cardoso Gondim (PSB). E, ao que parece, a crise não tem fim. Após uma série de erros administrativos que culminaram com atrasos de salários, denunciados por servidores no decorrer da sua gestão, aumento de salários dos agentes públicos e total falta de planejamento para enfrentar a crise econômica nacional, o prefeito ainda inchou a máquina pública de “apadrinhados políticos” e, agora, optou pela demissão de centenas dessas pessoas assim que passou o processo eleitoral, criando uma grande insatisfação entre os dispensados. As exonerações foram publicadas nesta quarta-feira (5/12), no Diário Oficial do Município. Confira a publicação!
As consequências desse descontrole administrativo, que culminou com as demissões, não somente afetam as famílias envolvidas como também a economia local, em razão da inadimplência por conta do atraso salarial. Até alguns órgãos públicos importantes da administração tiveram que reduzir o atendimento ao público, segundo já fora divulgado anteriormente.
Em sites locais, a gestão alega que, as medidas tomadas são em decorrência da queda da arrecadação e a necessidade do cumprimento de metas fiscais. Entretanto, esses problemas ganharam as ruas de uma hora para outra, diante da crise que a Prefeitura de Caetité demonstra está mergulhada, atribuída a falta de planejamento da administração, que vem se caracterizando pela desorganização e descontrole com os gastos públicos.
Em consulta realizada no site do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia (TCM-BA), na manhã desta sexta-feira (7/12), foi constatado que no período de outubro/2018, Aldo Gondim recebeu salário base de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), mais do que o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) que recebe vencimentos de R$ 18.038,10 (dezoito mil, trinta e oito reais e dez centavos).
VEJA:
Á época da aprovação do aumento nos salários dos agentes públicos, um grupo de manifestantes foi para a Câmara de Vereadores com cartazes pedindo que os parlamentares voltassem atrás, ou seja, deixassem de aumentar os salários, no entanto, mais uma vez a opinião pública não foi acatada e os legisladores aprovaram o referido projeto. A ação gerou descontentamento dos cidadãos caetiteenses, que nas ruas e através das redes sociais, protestaram contra os reajustes.
Uma advogada especialista na área contábil afirmou à nossa reportagem que, a maioria dos administradores municipais como é o caso do prefeito de Caetité, justifica às demissões devido à queda de recursos, no entanto, segundo ela, o excesso de nomeações por interesses políticos e a falta de organização administrativa faz com que, os gestores, demitam servidores e até atrasem salários. “A crise não é de agora. Como explicar para a população que um município que aumentou em cerca de 40% os salários dos agentes políticos está em crise? Percebam que as demissões sempre ocorrem depois de um processo eleitoral, ou seja, não há dúvida de que é falta de planejamento e ineficiência no uso da máquina pública”, manifestou ela.
Fonte: Portal Vilson Nunes