A coordenadora-geral da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), Ronalda Barreto, negou, nesta terça-feira (11), que os grevistas tenham assinado um termo com o governo (veja aqui) para encerrar a paralisação, que completou no dia 9 de junho dois meses. Segundo ela, uma assembleia da categoria, nesta quarta-feira (12), deve definir se os professores universitários permanecem ou não com os braços cruzados.
“Não foi assinado nenhum termo de acordo. Só se assina termo depois da assembleia”, afirmou Barrreto, em entrevista ao Bahia Notícias. Segundo ela, na reunião com o governo, ficou traçado que, se a greve for encerrada, será instalada uma mesa permanente de negociação 72 horas após o fim da paralisação.
Os professores, no entanto, não gostaram de não ter o salário, que foi cortado, resposto de forma imediata. De acordo com Ronalda Barreto, esta medida será ainda conversada com o governo com a apresentação de um calendário de reposição das aulas.
As assembleias estão previstas para acontecer em horários diferentes. Estão em greve os docentes da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb).
OUTRO LADO
Por meio da assessoria de comunicação, a Secretaria de Educação esclareceu que o termo de compromisso não estabelece o encerramento da greve, mas é uma proposta para que a paralisação chegue ao fim. A SEC ressaltou que o acordo tem que ser discutido nas assembleias da categoria, que são “sobrenas na decisão”. A pasta ainda divulgou o documento no qual confirma que a Ronalda Barreto assinou.
“Longe da gente querer extrapolar o nosso papel, nós sabemos que as ADs (associações dos docentes) irão para as assembleias e, com toda a autonomia, irão pautar e negociar isso com seus pares. Mas, avaliamos este momento de hoje como muito positivo”, declarou o titular da SEC, Jerônimo Rodrigues. (Atualizada às 10h39)