“Ele cuspiu em mim e me chamou de lixo”, relata, entregador vítima de racismo em SP


O caso de racismo ocorrido na cidade de Valinhos (SP) que veio à tona nesta sexta-feira (7), em que um homem humilha de maneira racista um entregador de aplicativo, ganhou grande repercussão nacional. No entanto, o ocorrido não foi apenas o que as câmeras registraram.

Em contato com o motoboy Matheus, vítima da situação. Em conversa exclusiva com o site, ele conta que além de ser chamado de invejoso, analfabeto e sofrer preconceito racial, o homem também o chamou de lixo e o cuspiu.

“A situação aconteceu na última sexta-feira. Na hora do vídeo, eu já tinha chamado a polícia, mas antes das gravações, ele também cuspiu em mim, arremessou a nota fiscal do pedido em mim e me chamou de lixo, entre outras coisas. Eu fui na delegacia e fiz o boletim de ocorrência. Ele também compareceu, mas acabou saindo antes de mim. Ele tem uma ficha criminal extensa, diversas pessoas, até vizinhos, já o denunciaram por várias coisas. Só espero que tudo acabe dando certo”, afirmou Matheus.

No Brasil, o crime de racismo é inafiançável e imprescritível. A injúria racial está prevista no artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal, que estabelece a pena de reclusão de um a três anos e multa, além da pena correspondente à violência, para quem cometê-la.

 

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