Formandos de medicina promovem aglomeração e festa irregular em barco na ilha de Fernando de Noronha


Formandos em medicina promoveram aglomeração em uma festa irregular em um barco na ilha de Fernado de Noronha na última quarta-feira (30). Imagens da festa registraram várias pessoas sem máscaras de proteção contra o coronavírus no local.

A denúncia do evento foi feita pela Administração de Fernando de Noronha à Polícia Civil e ao Ministério Público de Pernambuco. O cantor da festa afirmou no microfone, em vídeo publicado nas redes sociais, que os participantes da festa irregular eram formandos do curso de medicina.

A Administração da Ilha escreveu uma nota sobre o ocorrido: “houve um total desrespeito aos protocolos estabelecidos por decreto estadual e às medidas restritivas em vigor na ilha. Tão logo recebeu a denúncia, a equipe de Vigilância em Saúde acionou a Polícia Civil para que fossem tomadas as providências cabíveis. Também foi apresentada denúncia ao Ministério Público para as devidas medidas legais”, disse.

Segundo o G1, o governo da ilha afirmou que todoas as pessoas que entram em Fernando de Noronha precisam assinar um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta, onde eles prometem cumprir o protocolo vigente, que inclui a proibição de festas, eventos, aglomerações e determina o uso obrigatório de máscaras.

“Também há protocolo específico para as embarcações na ilha, com limitação da capacidade dos barcos. A Administração de Fernando de Noronha reitera que os protocolos e restrições em vigor na ilha têm o objetivo de proteger a vida das pessoas durante a pandemia e não irá tolerar nenhum tipo de desrespeito às medidas implementadas”, disse.

A Polícia Civil informou que investiga o ocorrido e que os envolvidos já estão sendo convocados para prestar depoimento na delegacia.

“Aguardo a apuração da polícia. Caso constatado o crime e identificadas as pessoas que descumpriram as normas sanitárias estaduais vigentes, vamos fazer uma audiência para a proposição de uma transação penal”, disse o promotor Flávio Falcão.

O representante do Ministério Público de Pernambuco explicou ainda que o acusado que não for réu primário pode responder por descumprimendo do artigo 268 do Código Penal. Segundo ele, os donos da embarcação, promotores do evento e as pessoas que participaram da festa irregular também pode ser penalizados.

“É crime descumprir as normas sanitárias para evitar a disseminação do coronavírus. Os acusados podem ser detidos ou pagar multa com valor a ser encaminhando para instituições da ilha que necessitem, como a Superintendência de Saúde ou o Hospital São Lucas, para o tratamento de pessoas com enfermidades”, explicou o promotor ao G1.

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