Em Assembleia Geral Extraordinária realizada nesta terça-feira (15), os Policiais Civis da Bahia deliberaram estado de greve. O ato que aconteceu em frente à Secretaria de Segurança Pública, em Salvador, reuniu aproximadamente 700 servidores e foi uma resposta ao Governo da Bahia por descumprir decisão judicial. Esta determinava que o Estado se reunisse a cada 30 dias com os Policiais Civis para ouvir as reivindicações e apresentar propostas, pondo fim ao impasse envolvendo o salário de nível superior dos servidores. Em entrevista, Eustácio Lopes, presidente do sindicato que representa a categoria, disse que a greve se deve à falta de diálogo e sensibilidade do Governo Rui Costa (PT). “Infelizmente, não é o que queríamos. A categoria quer o diálogo, quer ser reconhecida, quer ser valorizada, mas estamos sucateados, sem estrutura e salário. A culpa não é dos policiais civis, a culpa é do governador, que se mantém insensível e intransigente”, disparou.
Entre 09 estados do Nordeste, a Bahia é o que paga o pior salário para a categoria. Lopes disse que a posição é aviltante e de desrespeito. “O governo ignorou uma decisão judicial e só restou à categoria criar um calendário de mobilizações para deflagrar a greve no dia 25. Resolvemos radicalizar para que a sociedade entenda que quem está colocando a Bahia nos piores índices de criminalidade pelo terceiro ano consecutivo é o governador Rui Costa. Não aguentamos mais”, asseverou.