As 21 metralhadoras de guerra furtadas do quartel do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, podem derrubar aeronaves, perfurar veículos blindados, disparar 600 tiros por minuto, em média, e são capazes de atingir alvos entre 2,5 quilômetros e 6 quilômetros de distância.
Especialistas em segurança e armas que explicaram o funcionamento das 13 metralhadoras calibre .50, e das oito metralhadoras calibre 7,62 que despareceram do Arsenal de Guerra da cidade.
“Essas metralhadoras .50 são capazes de atingir e produzir danos a até 2 km. Por terem longo alcance, podem derrubar aviões e helicópteros sem blindagem caso estejam em baixa altitude e acertem pontos críticos destas aeronaves”, diz Bruno Langeani.
Além disso, as metralhadoras .50 são desenhadas para disparos em rajada numa frequência alta. “Por essa razão, não usam carregadores, e sim munição presa por fita”, explica Langeani. “Isso permite fazer até 600 disparos por minuto, o equivalente a 10 tiros por segundo.”
De acordo com o especialista em segurança pública, o preço das armas somadas no mercado paralelo pode ultrapassar os R$ 2,5 milhões.O furto das 21 metralhadoras é o maior desvio de armas registrado pelas Forças Armadas.