Alunos de um colégio de Candiba, no Sertão Produtivo, Sudoeste baiano, desenvolveram um sabonete para combater a dermatite, que causa inflamação, coceira intensa e erupções cutâneas. Com orientação do professor William Oliveira, a pesquisa foi feita por Bruna Hellen, Evelyn Fernandes, Ranielle Matos, que estudam no Colégio Estadual Antônio Batista.
O sabonete é feito com base nas folhas de pitanga, pó de aroeira e própolis, produzido pelas abelhas. “Não conhecemos nenhuma outra proposta natural especificada para o tratamento exclusivo da dermatite. Nosso sabonete pretende tratar as erupções cutâneas da dermatite, se adaptar aos demais tipos de dermatite, mesmo com as suas diferentes causas, limpar a pele ressecada e descamada, sem agredir, e atuar como anti-inflamatório, ou seja, cuidar dos ferimentos causados pelo ressecamento”, diz Bruna Hellen.
Segundo a jovem, a proposta surgiu quando a equipe precisou criar um projeto para uma feira de ciência e identificou que uma de suas integrantes sofria de dermatite. Conforme a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), o projeto participou da Tenda da Ciência, feira promovida pelo Instituto Federal Baiano (IFBaiano), Campus Guanambi, e foi premiado com uma bolsa de quatro meses do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia aponta que a doença genética afeta de 15% a 25% das crianças e cerca de 7% dos adultos no Brasil.