A Bahia foi o estado do Nordeste que registrou o maior índice de reprovação entre os alunos do ensino médio, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (2), com base no Censo Escolar de 2016 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Quase 19% dos estudantes do segundo grau foram reprovados no estado. Já no ensino fundamental, o índice de reprovação foi de quase 16%, o que colocou a Bahia em terceiro lugar no Nordeste.
Em todo país, 3 milhões de alunos foram reprovados na educação básica (o equivalente a 10,26% do estudantes da rede pública), o que representou um gasto de R$ 16 bilhões em 2016.
Dos R$ 16 bilhões, aproximadamente R$ 12 bilhões foram usados pelos municípios, responsáveis pelo ensino fundamental (1º ao 9º ano), e o restante, R$ 4 bilhões, pelos estados, que são provedores do ensino médio.
Atingindo um percentual de alunos até três vezes maior do que ocorre em países desenvolvidos, o gasto total da reprovação equivale a cerca de 8% do que foi investido pelo governo federal em educação no ano de 2016. Os números integram o levantamento feito pelo IDados, consultoria de análise especializada em educação, a pedido do G1, com base nos dados do Censo Escolar.
O montante de R$ 16 bilhões é referente ao custo total dos alunos que precisaram refazer uma série, e inclui despesas que vão desde material escolar até salários de professores.