O presidente Jair Bolsonaro reagiu nesta quarta-feira, 27, a críticas que tem recebido pelo gasto de R$ 15 milhões com leite condensado por órgãos da administração federal no ano passado. Em almoço que reuniu ministros, aliados e cantores sertanejos em uma churrascaria de Brasília, o presidente atacou a imprensa com xingamentos e, sem apresentar números, disse que na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2014, a despesa foi maior.
“Quando vejo a imprensa me atacar dizendo que comprei 2 milhões e meio de latas de leite condensado, vai pra p* que o pariu, imprensa de m*! É pra enfiar no r* de vocês da imprensa essas latas de leite condensado”, disse Bolsonaro ao microfone em discurso para os demais convidados.
“Não é pra Presidência da República essa compra de alimentos, até porque nossa fonte é outra. (É) Alimentação de 370 mil homens do Exército, (para) programas de alimentação do Ministério da Cidadania, do Ministério da Educação…”, afirmou. Dos R$15 milhões, cerca de R$ 14 milhões foram gastos para alimentar os militares.
“Me acusam de ter comprado R$ 4 milhões em chiclete e quem já esteve no Exército, já teve um catanho, quem serviu… tem um chicletinho lá dentro. E isso não é uma mordomia, não é privilégio”, continuou o presidente, que prometeu levar o ministro Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União (CGU), à sua “live” semanal de quinta-feira para explicar o gasto. “Inclusive, em 2014 a Dilma comprou mais leite condensado do que eu”, disse o presidente.
Política Livre