Cenário: Venezuela está cada vez mais perto de uma guerra civil


Maduro enfrenta uma forte pressão internacional para desistir da Assembleia Constituinte Foto: Miraflores Palace/Handout via REUTERS

A rebelião política na Venezuela pode evoluir para a guerra civil, ainda que de proporções limitadas, em razão da escalada da violência contra a oposição ao governo de Nicolás Maduro. A projeção está contida no relatório da inteligência da Defesa americana apresentado duas semanas atrás na Comissão das Forças Armadas do Senado, em Washington. O documento não trata de uma eventual intervenção no país, mas alerta para os riscos que essa situação pode trazer para os interesses dos Estados Unidos. Faz sentido.

Ao menos um terço dos 133 mil homens e mulheres das Forças Armadas não concordam com as medidas radicais do governo, segundo o Observatório Venezuelano da Violência (OVV). O problema é que essa dissidência tem vários formatos. E dela não faz parte o Alto Comando: todo o generalato das três Armas – Exército, Marinha e Aeronáutica -, é “disciplinado e fiel às ordens do chefe supremo”, de acordo com o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, ele próprio um general.

É uma situação desconfortável para os vizinhos regionais. A Colômbia começou a reforçar ontem com tropas do Exército, a extensa linha de fronteira com a Venezuela, sob o argumento de que é preciso prevenir um surto de febre aftosa que ameaça o rebanho local, livre da doença desde 2009. Para dar apoio aos agentes sanitários nos postos de controle, foram deslocados grupos dos Lanceros, uma unidade de operações especiais que até 2016 enfrentava os guerrilheiros das Farc.

Aviso: Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não reflete a opinião deste site. Todos os comentários são moderados e nos reservamos o direito de excluir mensagens consideradas inadequadas com conteúdo ofensivo como palavrões ou ofensa direcionadas a pessoas ou instituições. Além disso, não serão permitidos comentários com propaganda (spam) e links que não correspondam ao post.