A informação foi passada para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, junto com o pedido para o registro emergencial da vacina, de acordo com a Folha de S. Paulo. Um imunizante precisa do mínimo de 50% de eficácia para ser aprovado.
Os dados iniciais apontavam 78% de eficácia contra casos leves da Covid-19, e de 100% contra casos moderados e graves. Este novo estudo, porém, inclui pessoas que ficaram assintomáticas após serem infectadas pelo novo coronavírus, e foram analisadas pelo estudo de fase 3 do Butantan. Ao todo, 13.600 pessoas participaram da pesquisa.
Destas, 218 foram infectadas, sendo que 160 receberam um placebo e 60 a CoronaVac. Até agora, o pedido para uso emergencial do Butantan à Anvisa está 40,7% concluído, com 37,64% da documentação em análise. A agência tem o prazo de dez dias para completar a avaliação.
“Pegamos pessoas que estavam com sintomas muitíssimo leves, justamente para abaixar essa barra. Isso faz com que o número fique mais baixo”, revelou o médico Ricardo Palácios, diretor de pesquisa clínica do Instituto Butantan.
O governador de São Paulo, João Doria, suspeita de ação política, pois a vacina produzida pela Fiocruz, vinda de Oxford/AstraZeneca, já tem mais de 67% dos documentos em análise, apesar do pedido estar 27,35%% concluído.
Em relação à segurança da vacina, o Instituto Butantan informou que não ocorreram eventos adversos graves. Alguns sintomas leves, como fadiga e dor de cabeça, foram notados. Além disso, 0,3% dos participantes do estudo desenvolveram algum tipo de reação alérgica leve.
Bahia Notícias