Nas primeiras 24 horas de funcionamento, a CPI da Covid acumula 176 pedidos de informação a órgãos públicos e convocação de ministros, ex-ministros e auxiliares do governo de Jair Bolsonaro.
A CPI foi instalada nesta terça e, durante a sessão, o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou um plano inicial de trabalho. Esse plano prevê, por exemplo, a convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e dos três ex-ministros da pasta no governo Bolsonaro. A votação do plano está prevista para esta quinta.
Até o fim da manhã desta quarta-feira (28), foram protocolados 176 requerimentos. A maioria foi apresentada por parlamentares independentes e de oposição, maioria na comissão.
Os parlamentares aliados do Palácio do Planalto, contudo, miram principalmente contratos referentes a estados e municípios e medidas de tratamento precoce.
Os requerimentos podem ser protocolados por todos os membros da CPI e devem ser submetidos a votação no plenário da comissão.
A CPI da Covid será responsável por apurar ações e omissões do governo federal e eventuais desvios de verbas federais enviadas aos estados para o enfrentamento da pandemia.
No primeiro discurso como relator, Renan Calheiros disse que a comissão não fará perseguições, mas que é preciso punir “imediata e emblematicamente” os responsáveis pelas mortes durante a pandemia.