Após o presidente Jair Bolsonaro ter chamado o educador Paulo Freire de “energúmeno”, o Senado aprovou, nesta terça-feira (17), uma sessão solene em homenagem ao pensador. Na votação, senadores aconselharam que o presidente leia os livros de autor, que é considerado patrono da educação brasileira.
A crítica de Bolsonaro ao educador ocorreu nesta segunda (16), quando o presidente defendeu o fim da parceria entre a TV Escola e o Ministério de Educação (MEC). Ele afirmou que a emissora “deseduca” e se referiu a Paulo Freire como “esse energúmeno aí, ídolo da esquerda”.
O senador Weverton Rocha (PDT-MA), autor da proposta de homenagem, destacou que “homenagear Paulo Freire é reconhecer a própria história do Brasil”. Ele também argumentou que não são apenas as universidades que precisam se indignar com “tamanha agressão ao mestre da educação”.
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES), também criticou a fala de Bolsonaro. “Energúmeno é um presidente misógino, preconceituoso, sexista, homofóbico, racista”.