Novo estudo americano, publicado no British Journal of Sports Medicine, concluiu que pessoas sedentárias estão muito mais propensas a ter agravamentos da Covid-19, serem hospitalizadas e até morrerem do que pessoas fisicamente ativas. Ou seja, o exercício físico regular pode ajudar a proteger contra as formas mais graves da doença. No final do ano passado, um estudo conduzido por pesquisadores brasileiros já tinha apontado que a prática de atividades físicas pode reduzir em 34,3% a prevalência de hospitalizações por Covid-19, desde que essas atividades sejam feitas em intensidade suficiente. Pensando em explicar a importância da atividade física para o sistema imunológico e para a saúde em geral, o Eu Atleta conversou com o médico infectologista Antônio Bandeira e o médico do esporte Ricardo Oliveira.
O estudo
Um grupo de pesquisadores da Califórnia acompanhou cerca de 50 mil pacientes que tiveram diagnóstico de Covid-19 no ano de 2020 e avaliou o registro da quantidade de atividade física que eles faziam. Dessa forma, os cientistas analisaram se o nível de atividade física prévia desses indivíduos tinha alguma relação com a forma mais ou menos grave da Covid-19. A partir desses dados, o estudo encontrou uma associação inversa entre nível de atividade física e gravidade da doença. Ou seja, quanto mais baixo o nível de atividade física, maior a gravidade da Covid-19, inclusive com mais taxas de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).