Filha de 12 anos mata a mãe e enterra corpo no quintal de casa


Quando chegaram na cena do crime na última sexta-feira, 29, os policiais encontraram uma cova rasa nos fundos de uma residência na cidade de Pinheiro Machado, de 13.000 habitantes, a 268 km de Porto Alegre, na região sul do estado gaúcho. Enterrada no buraco, estava uma mulher de 37 anos, morta com marteladas na cabeça pela filha mais velha, de 12 anos, e pelo namorado da filha, de 16 anos.

Os adolescentes assassinaram a mulher porque ela era contra o relacionamento dos dois. A família da garota já havia registrado uma ocorrência contra o rapaz por estupro de vulnerável. Conforme o Código Penal, é crime manter relação sexual com menor de 14 anos. O nome da vítima e dos adolescentes não é divulgado de acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), que proíbe a “divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos que digam respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria de ato infracional”.

“Os jovens foram apreendidos em flagrante pela ocultação do cadáver, que é crime permanente. Por essa razão, eles foram encaminhados para o Judiciário, que homologou o ato de apreensão provisório e decretou internação dos adolescentes”, explicou a VEJA o delegado Luis Eduardo Sandim Benites, responsável pela delegacia regional de Bagé, que atuou no caso.

Como os adolescentes são menores de idade, o termo correto não é prisão, mas internação, segundo o ECA. Na internação, os adolescentes também ficam privados de liberdade.

Segundo o delegado, a polícia recebeu uma denúncia porque o rapaz confessou o crime a uma pessoa da família. “O rapaz teve um lapso de remorso e contou os fatos a um familiar, que acabou acionando o policiamento ostensivo e o conselho tutelar que o encaminharam à delegacia já com a narrativa de toda a história”, explicou Benites à reportagem. No local, a polícia também encontrou o martelo utilizado no assassinato.

A mulher deixa o marido, um trabalhador rural que estava trabalhando em uma fazenda no interior do município no momento do crime, e uma filha de seis anos.

Fonte: VEJA.com

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