Para ser um domingo perfeito, só faltou o Mané Garrincha lotado, as torcidas de Flamengo e Palmeiras se revezando nas alegrias e nos sofrimentos, nos cantos e nos silêncios de angústia. Porque, de resto, tudo que faz um jogo memorável esteve presente: grandes jogadores, bom futebol, alternâncias no domínio das ações, grandes defesas dos goleiros, emoção. Quem comemorou no fim foi o Flamengo, que venceu nos pênaltis por 6 a 5, depois do empate em 2 a 2 e se sagrou campeão da Supercopa do Brasil.
Era possível esperar um grande jogo entre os dois times que disputam a hegemonia do futebol brasileiro. As equipes fizeram uma partida à altura dos dois últimos campeões da Libertadores, do atual campeão brasileiro contra o detentor do título da Copa do Brasil. Mas a morosidade natural de um começo de temporada ainda em meio à pandemia e o nervosismo que sempre dá as caras numa decisão poderia ofuscar o potencial do duelo.
Ainda bem que não aconteceu. O golaço do Palmeiras, logo no começo, com Raphael Veiga, ajudou. O Flamengo correu atrás da virada ainda no primeiro tempo, com Gabigol, que aproveitou uma grande jogada de Filipe Luis, e com Arrascaeta, em uma bela jogada individual.
O nervosismo da partida fez com que Abel Ferreira fosse expulso ainda no primeiro tempo, mas ele não precisou estar à beira do gramado para mexer no Palmeiras. O time voltou melhor para o segundo tempo e começou a martelar a defesa rubro-negra. Tanto fez que Rony sofreu pênalti. Raphael Veiga empatou e a partida terminou com o time paulista mais próximo de vencer do que os cariocas.
Nas cobranças de pênalti, os heróis foram Diego Alves, com três defesas, e Rodrigo Caio, que cobrou o pênalti decisivo. Weverton, do Palmeiras, também teve grande atuação, fazendo com que as penalidades fossem para as alternadas. Ele só não conseguiu pegar a bola do zagueiro rubro-negro. Antes, Diego Alves pegou a batida de Mayke.