Um escândalo bem parecido ronda a loja conquistense do Hiper Bompreço, da gigante americana Walmart. Desde do dia (15) repercute uma denúncia de que uma empresa de dedetização teria dopado animais que circulam na área de estacionamento do supermercado e os estaria colocando uma caminhonete, a mando da empresa, cujo objetivo seria mandar os animais para outro estado. Em postagem no seu perfil do Facebook, o cantor Plácido Mendes foi o primeiro a narrar o que viu.
Plácido contou que carregava uma caixa pesada com a namorada e para encurtar o caminho, devido ao peso, decidiu passar pelo estacionamento externo do Hiper, em frente ao Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, quando viu dois cachorros deitados no canteiro do estacionamento, dois homens de uniforme ao lado dos animais e uma picape com a tampa aberta, sendo visível “uma grande caixa de transporte de animais”. De acordo com o músico, os dois homens mostraram estranhamento com a presença dele e da namorada. Em seguida, ele percebeu que um dos cães se levantou, cambaleando, e caiu novamente ao chão. “Estava DOPADO. O outro estava nas mesmas condições”, narrou Plácido Mendes.
“Decidi ir até os dois sujeitos e perguntei: ‘para onde vão levar os cachorros?’”, contou o músico e continuou: “Um dos dois, já visivelmente irritado, disse que não iria fazer mal, que era pra uma ONG, e que a empresa não sujaria seu nome fazendo algo errado”. Plácido diz na postagem que achou o jeito dos homens muito suspeito e estranhou ainda mais quando observou que os uniformes deles tinham as marcas das empresas Orkin e Brasprag. “Pesquisando, descobri ser uma empresa de combate a pragas que, na Bahia, atua apenas na capital (https://www.orkindobrasil.com.br/). Infelizmente, eu havia esquecido meu celular em casa, e não pude fotografar ou gravar nada”, disse.
Plácido disse que falou com um funcionário do Hiper Bompreço chamado Lucas, “possivelmente um dos gerentes ou coordenadores”, que confirmou a intenção da empresa de mandar os cães para longe. “Ele me disse que a funcionária que sabia o nome da ONG não estava no momento, mas disse que os cães estavam atacando os clientes e que eles procuraram o poder público e TODOS OS ABRIGOS DE ANIMAIS da cidade, e ninguém deu alguma resposta favorável, então contrataram uma empresa de controle de pragas, que levariam os animais a uma ONG em Salvador”, contou.
O músico acrescentou que o funcionário do Bompreço teria dito a que a atitude foi tomada diante do descaso da Prefeitura. “Suas palavras foram mais ou menos assim: ‘A prefeitura disse não poder fazer nada, e que nós não poderíamos fazer nada aos cachorros, então contratamos uma empresa para isso’”. Ressalvando que não poderia afirmar nada, nem acusar a empresa, mas que achou tudo muito suspeito, Plácido resolveu compartilhar. “Tendo o histórico de atitudes de donos de mercado com relação aos animais que rodeiam (basta dar uma olhada nas notícias de alguns meses atrás, em outras partes do país) temos aqui no mínimo uma situação que deve ser esclarecida”, destacou.
O caso repercutiu rapidamente e extrapolou os limites da cidade, tendo sido notícia em sites de várias partes do Brasil. Na madrugada este BLOG recebeu mensagens gravadas em que várias pessoas narravam que também presenciaram a cena ou que tinham procurado a administração do Hiper Bompreço sem terem obtido qualquer explicação plausível. Em uma das gravações, uma mulher diz que foi ao local e viu “três cachorros completamente sedados, mal conseguiam ficar em pé” afirmou que tem várias imagens para comprovar. O BLOG não conseguiu a identificação da dona da voz.
Blog Rodrigo Ferraz