O Ministério da Saúde assinou nesta sexta-feira (12) contrato para compra de 10 milhões de doses da Sputnik V, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo instituto russo de pesquisa Gamaleya.
A vacina ainda não tem autorização para uso no Brasil. Os desenvolvedores firmaram parceria com a farmacêutica brasileira União Química.
“Agora, para que possamos efetivamente aplicar a Sputnik, só necessitamos que a União Química providencie com a Anvisa, o quanto antes, a autorização para uso emergencial e temporário” – Elcio Franco, secretário-executivo do Ministério da Saúde
De acordo com o ministério, a União Química afirmou que pretende fabricar o imunizante no Brasil, em São Paulo e no Distrito Federal
A possibilidade de produção 100% nacional será avaliada pelo Ministério da Saúde nas próximas semanas e pode levar à concretização de outro acordo comercial.
Eficácia da Sputnik
A vacina Sputnik V teve eficácia de 91,6% contra a doença, segundo resultados preliminares publicados na revista científica “The Lancet”, uma das mais respeitadas do mundo. A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%.
A vacina também funcionou em idosos: uma subanálise de 2 mil adultos com mais de 60 anos mostrou eficácia de 91,8% neste grupo. Ela também foi bem tolerada nessa faixa etária.
A vacina é a quarta a ter resultados publicados em uma revista, depois de Pfizer/BioNTech, Oxford/AstraZeneca e Moderna. Quando isso acontece, significa que os dados foram revisados e validados por outros cientistas.