Mortes entre jovens com Covid-19 crescem 447% na Bahia


 

Mais de 331 mil jovens entre 20 e 39 anos contraíram o coronavírus (Covid-19) na Bahia desde o início da pandemia. Ao analisar o número de óbitos mensais nesta faixa etária, identifica-se um aumento de 447% no comparativo de março deste ano com novembro de 2020.

“Em apenas quatro meses, o número de óbitos nesse grupo cresceu vertiginosamente. Por serem a base da pirâmide da força de trabalho, naturalmente estão mais expostos a infecção, porém ao não utilizarem a máscara, se recusarem a manter o distanciamento social e não higienizarem as mãos com frequência, agravam a situação”, afirma o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas.

Seja na capital ou no interior, quem participa das festas do tipo “paredão”, quando são usados grandes aparelhos de som automotivos, tem o risco aumentado para a infecção em virtude da aglomeração de pessoas. “A Covid-19 é uma doença traiçoeira, pois não há um perfil definido de quem terá sintomas leves ou graves, ainda que as comorbidades como obesidade, diabetes e hipertensão sejam elementos para agravar a situação. Ainda sim, há jovens que não sentem nada e outros que são intubados e morrem, o mesmo ocorrendo com idosos”, destaca o titular da pasta estadual da Saúde.

Sozinha, a faixa etária de 30 a 39 anos teve um incremento de 553% no comparativo das mortes ocorridas em novembro de 2020 e março de 2021. Já os jovens entre 20 e 29 anos tiveram um aumento de 250% no mesmo período.

Vacinação

Desde o início da pandemia, já morreram mais de 15 mil baianos e o mês de março de 2021 é o mais letal para todas as faixas etárias, exceto para quem tem 80 anos ou mais. “A inflexão do número de óbitos nas faixas etárias mais altas é resultado, ainda que incipiente, da vacinação. É preciso que o Ministério da Saúde acelere o envio de doses, garantindo a imunização da população o mais rápido possível”, ressalta Vilas-Boas, ao pontuar ainda que “o governador Rui Costa adquiriu 9,7 milhões de doses da Sputnik V para vacinar todos acima de 60 anos e profissionais da educação e segurança, o que contribuirá significativamente para acelerar o calendário de imunização na Bahia”, finaliza.

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