Bahia tem 153 mortes confirmadas por Covid em 24h; número é o dobro do pico da 1ª onda


 

A Bahia registrou 153 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, conforme o boletim epidemiológico publicado nesta quinta-feira (18) pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). É o maior número de óbitos notificados pelo estado no período de um dia, superando o recorde anterior, de 137, registrado no último dia 26 de fevereiro.

A quantidade de mortes notificadas nesta quinta também é mais que o dobro do recorde alcançado durante a primeira onda de contaminação, no ano passado. No dia 24 de agosto de 2020, a Sesab registrou 76 mortes em 24 horas.

A Sesab ressalta que uma parte desses óbitos são notificações atrasadas de outros meses, devido à grande demanda de exames no Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen).

Com as 4.584 novas contaminações, o estado acumula agora 758.168 casos confirmados do novo coronavírus e 13.742 óbitos em decorrência da doença desde o início da pandemia, que foi identificada na Bahia pela primeira vez no dia 6 de março de 2020.

Também foi registrado um novo recorde de pacientes internados com casos graves da Covid-19 nesta quinta-feira. São 1.162 pessoas ocupando leitos de terapia intensiva para adultos, além de 21 crianças em vagas de UTIs pediátricas, somando 1.183 baianos.

A ocupação das UTIs para adultos subiu de 86% para 87% nas últimas 24 horas. Nos leitos de terapia intensiva para crianças, a taxa caiu de 64% para 58%. No caso das enfermarias, o percentual de vagas preenchidas é de 67% entre as para adultos e 69% nas infantis.

Os casos ativos da Covid-19 também aumentaram. O número de contaminados subiu de 17.693 na quarta-feira para 17.922 nesta quinta-feira, conforme o boletim epidemiológico da Sesab.

Os 10 municípios baianos com mais casos ativos são Salvador (3.975), Itabuna (632), Camaçari (611), Vitória da Conquista (418), Feira de Santana (339) Guanambi (301), Lauro de Freitas (289), Ilhéus (271), Brumado (250) e Juazeiro (222).


Países da Europa aumentam restrições com terceira onda e atrasos na vacinação


 

As principais nações europeias planejam impor novas restrições nesta semana por causa do aumento rápido no número de casos e de mortes de covid-19, com temores de uma terceira onda acentuada pela dificuldade crescente de acelerar a vacinação e novas disputas internas por doses de imunizantes.

Em meio à tensão provocada pelo aumento de casos, um debate ferrenho sobre distribuição de vacinas dentro da União Europeia (UE) surgiu entre os países-membros do bloco. Segundo o jornal britânico Financial Times, os líderes de um grupo de Estados europeus escreveram aos presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia queixando-se de “enormes disparidades” na distribuição de vacinas entre as nações do bloco. A carta, que foi assinada pela Áustria, Bulgária, Croácia, República Checa, Letônia e Eslovênia, apela a um debate sobre a “equidade na distribuição de vacinas” entre os países.

A taxa de infecção na UE está agora em seu nível mais alto desde o início de fevereiro, graças à disseminação de novas variantes do vírus causador da covid-19. França, Alemanha e países do Leste Europeu devem impor novas medidas restritivas de bloqueio nos próximos dias – em contraste com o Reino Unido, que está começando, lentamente, a abrir comércio e escolas.

Na Itália, as autoridades registraram mais de 27 mil novos casos e 380 mortes apenas no sábado (13). A partir desta segunda-feira, a maior parte do país será colocada sob bloqueio e as pessoas só terão permissão para deixar suas casas para tarefas essenciais. A maioria das lojas estará fechada, além de bares e restaurantes.

Na França, as autoridades relataram uma “situação sombria”. O ministro da Saúde, Olivier Véran, descreveu o cenário na região da Grande Paris como “tenso” e “preocupante”. “A cada 12 minutos, noite e dia, um parisiense é internado em uma cama de terapia intensiva”, disse. O presidente Emmanuel Macron impôs toques de recolher em várias regiões e especialistas da área da saúde estão pressionando o governo para decretar um bloqueio nacional com urgência.

Na Alemanha, 12.674 novas infecções por covid-19 foram relatadas no sábado, um aumento de 3.117 em relação à semana anterior, e o chefe da agência de doenças infecciosas do país reconheceu que o país estava agora nas “garras de uma terceira onda da covid-19”.


Vacina de Oxford é ‘segura e eficaz’, diz agência europeia após análise de dados sobre coágulos


A agência de medicamentos da União Europeia afirmou, nesta quinta-feira (18), que a vacina de Oxford é “segura e eficaz” no combate ao coronavírus após analisar a suspeita de casos de formação de coágulos em pacientes imunizados.

A reguladora disse também que vai continuar a acompanhar e analisar os dados de vacinação no continente, mas que os benefícios da aplicação da vacina superam os riscos.

A farmacêutica afirmou que já foram aplicadas mais de 17 milhões de doses na Europa – e que 37 casos de trombose foram registrados entre os vacinados.

O número é muito inferior ao registrado normalmente na população do país, em condições normais.

Nesta segunda (15), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que a grande ameaça que a maior parte dos países enfrenta é a falta de vacina.


Campanha de vacinação contra gripe começa em 12 de abril


A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, o vírus da gripe, começa no dia 12 de abril e vai até 9 de julho. O público-alvo é estimado em 79,7 milhões de brasileiros, e a meta do Ministério da Saúde é vacinar pelo menos 90% dos grupos prioritários.

Os grupos prioritários serão distribuídos em três etapas, de forma escalonada. Neste ano, a vacinação vai começar por crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde. Depois, será a vez dos idosos e dos professores.

A campanha de vacinação contra a gripe vai coincidir com a imunização contra a Covid-19. O Ministério da Saúde não recomenda a aplicação das duas vacinas simultaneamente, devido à falta de estudos sobre a coadministração dos imunizantes, e a orientação é priorizar a vacinação contra o novo coronavírus.


Falta de oxigênio para pacientes com covid leva o governo estadual da Bahia a acender luz amarela


Como os episódios ocorridos em janeiro na capital do Amazonas, Manaus, as cenas de falta de oxigênio para pacientes internados com covid-19 podem acontecer em cidades da Bahia, afirmam pessoas próximas ao governador Rui Costa (PT), que preferem se manter no anonimato.

Ao portal Muita Informação, essas fontes contaram que Rui está preocupado com o aumento da demanda por internações em hospitais no estado e busca tubos de oxigênio para abastecer hospitais.

Diferente da nota publicada pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), que nega risco de faltar de oxigênio no estado, as informações que chegaram à equipe do portal dão conta de que é falso este cálculo.