“Escolas não seguraram o piolho, vão segurar o coronavírus?”, questiona prefeito de São Paulo


O prefeito de São Paulo, Bruno Coas (PSDB), afirmou que a volta às aulas presenciais no município pode começar a partir do dia 7 de outubro, mesma previsão do estado, mas a data ainda pode ser alterada.

Em videoconferência com empresários, Covas afirmou que a prefeitura avalia, com cautela e tranquilidade, a retomada das aulas presenciais. Segundo ele, é possível que aconteça em outubro, novembro, ou até em 2021.

Ele destacou que a Saúde municipal será decidirá a melhor data para o retorno das aulas.

“Vocês imaginem em uma sala de aula, com 40 alunos, que até hoje as escolas não conseguiram segurar o piolho, como é que você vai conseguir segurar o vírus do coronavírus? Enquanto a gente não tiver total tranquilidade de que é o momento apropriado, não é pressão do grupo A, não é o interesse do grupo B que vai definir a data de retorno às aulas”, comentou.

Ele contou que a prefeitura poderá comprar vagas em escolas da rede particular para alocar alunos da rede pública, caso haja aumento de procura nas escolas.

“Nós não vamos deixar as pessoas na fila. Nós vamos comprar vaga na escola privada, e vamos colocar esse aluno lá. Pelo mesmo preço unitário que eu tenho hoje de investimento no aluno do ensino infantil ou na pré-escola”, disse Covas.

Varela Notícias


Rússia diz que terá vacina aprovada contra Covid-19 em duas semanas


A Rússia deve ter uma vacina aprovada contra Covid-19 até 10 de agosto, afirmaram fontes em Moscou ao correspondente da CNN Internacional Matthew Chance.

Os próprios cientistas estariam se voluntariando para testar a imunização. Alexander Ginsburg, diretor do projeto, confirmou ter injetado a vacina em si mesmo.

A vacina foi criada pelo Instituto Gameleya, baseado em Moscou. De acordo com as autoridades, o país espera produzir até 200 milhões de doses até o fim do ano —dessas, 30 milhões seriam exclusivas para a Rússia.

Ainda não foram divulgados dados de segurança ou eficácia.

“Esse é um momento Sputnik”, disse Kirill Dmitriev, chefe do fundo soberano russo, que está financiando a pesquisa da vacina, fazendo referência ao lançamento bem-sucedido do primeiro satélite do mundo pela União Soviética, em 1957.

“Os americanos ficaram surpresos quando ouviram os sons do Sputnik. É o mesmo com a vacina, a Rússia vai ter chegado lá primeiro”, acrescentou.

Essa vacina estaria na segunda das três fases de testes clínicos. Os pesquisadores almejam concluir essa etapa em 3 de agosto e conduzir a terceira fase em conjunto com a vacinação de profissionais da saúde.

As autoridades russas disseram que o desenvolvimento está acelerado por conta da severidade da transmissão local. O país ultrapassou 800 mil casos confirmados.

“Nossos cientistas estão focados não em serem os primeiros, mas em proteger a nossa população”, disse Dmitriev.

Ainda segundo as fontes ouvidas pela reportagem, os dados de pesquisa estão sendo compilados agora e estarão disponíveis ao público para revisão por pares e publicação no começo de agosto.

Há várias vacinas em teste em todo o mundo, com poucas já na fase de testes clínicos amplos. A maior parte dos desenvolvedores alertaram que ainda há muito a ser feito até que se tenha uma vacina comprovadamente segura e eficaz.

Ainda neste mês, um relatório feito em conjunto pelo Reino Unido, Estados Unidos e Canadá acusavam o país de usar hackers para invadirem centros de pesquisa da vacina. Em abril, os EUA já haviam acusado a China de ataques cibernéticos com esse mesmo objetivo.

(Com informações de Matthew Chance, da CNN Internacional)


Fiocruz aguarda aprovação da vacina de Oxford contra Covid-19 para começar produção


A fábrica de vacinas Bio-Manguinhos, na Fundação Oswaldo Cruz, Zona Norte do Rio, é considerada a maior da América Latina e está se preparando para produzir a vacina contra Covid-19 desenvolvida pela universidade de Oxford, do Reino Unido.

A vacina de Oxford está na fase 3, a última, que determinará se é eficaz num grande número de pessoas. A universidade inglesa anunciou nesta semana que as experiências preliminares indicam que a vacina é segura e induziu resposta imune ao corpo dos voluntários.

O acordo entre a Fiocruz e a AstraZeneca, farmacêutica que adquiriu a vacina da Universidade de Oxford, foi anunciado no fim do mês passado, apesar de o contrato ainda não ter assinado.

Segundo o acordo, em dezembro, a Fiocruz vai receber ingrediente farmacêutico ativo (IFA) suficiente para fazer 15,2 milhões doses da vacina.

Depois desse processo, outras 70 milhões de doses de vacina poderão ser produzidas também até o início do ano pela Fiocruz. A preparação para a produção foi antecipada por conta da gravidade da pandemia, que preocupa o mundo inteiro, mas a distribuição e a imunização da população ainda dependem dos novos testes e da aprovação final.

O maquinário e os insumos estão sendo preparados. A fundação afirma que, apesar de uma preocupação mundial com a possível falta de frascos de vidro para distribuição, não deve enfrentar esse problema, pelo menos na fase inicial, de produção de 100 milhões de doses.

Os frascos utilizados serão os mesmos que hoje são usados para a vacina contra a febre amarela e, em cada um deles, caberão cinco doses da vacina contra o novo coronavírus.

“Nós receberemos a vacina congelada, ela vai passar por um processo de descongelamento de 2 a 3 dias. Uma vez que esteja na fase líquida, é transferida para um tanque em aço inox para ser envazada, rotulada e embalada. Eu diria que, provavelmente, é o maior desafio da história (da fábrica) de Bio-Manguinhos. A grande vantagem é ter passado por experiências semelhantes como foi o caso de epidemia de febre amarela, o surto de sarampo e poder usar toda nossa competência para responder mais esse desafio’, afirma Luiz Lima, vice-diretor de produção Bio-Manguinhos/Fiocruz.

O custo de produção inicial deve ser de cerca de US$3, mas tende a ser reduzido ao longo do tempo.



Vacina de Oxford para Covid-19 é segura e induz resposta imune, indicam resultados preliminares


A vacina da Universidade de Oxford para Covid-19 é segura e induziu resposta imune ao vírus, anunciaram cientistas nesta segunda-feira (20)

A vacina que está sendo aplicada em fase de testes, inclusive em São Paulo, foi capaz de gerar anticorpos contra a doença em ensaios clínicos iniciais – fase 1. A informação foi divulgada pelo canal de televisão britânico ITV.

A reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Soraia Smaili, afirmou que a vacina deve ter seu registro liberado até junho de 2021.