PF prende Geddel após descoberta de ‘bunker’ com R$ 51 milhões


Agentes da Polícia Federal, que estiveram na manhã desta sexta-feira (8) na residência de Geddel Vieira Lima (PMDB), levaram o ex-ministro após pedido de prisão preventiva do Ministério Público. De acordo com o portal G1, o peemedebista baiano deixou o prédio pouco depois das 7h, no banco de trás de uma viatura da PF, e chegou ao aeroporto Luiz Eduardo Magalhães cerca de meia hora depois. A PF não informou para onde o ex-ministro será levado. A prisão de Geddel ocorre após a Polícia Federal apreender R$ 51 milhões em um apartamento ligado ao ex-ministro. O peemedebista já cumpria prisão domiciliar após as investigações da Operação Cui Bono. Além de Geddel, uma outra pessoa foi presa nesta manhã e três mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Segundo justificativa do pedido, a prisão é para evitar “a destruição de provas imprescindíveis à elucidação dos fatos”.


Palocci diz que Lula pediu R$ 300 milhões de propina para a Odebrecht


Foto: Reprodução

O ex-ministro Antonio Palocci afirmou nesta quarta-feira (6) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atuou para garantir o pagamento de R$ 300 milhões em propinas ao PT entre o final do governo do petista e os primeiros anos do governo Dilma Rousseff, de acordo com advogados. A declaração de Palocci foi feita ao juiz Sérgio Moro, quando o ex-ministro tratou o “pacto de sangue” para a “compra de boa vontade” da Odebrecht em relação ao governo, de acordo com o advogado Adriano Bretas, um dos defensores do petista. Segundo a Folha de S. Paulo, Palocci revelou “importantes detalhes dos bastidores e dos meandros que permearam as relações de poder na transição do governo Lula para o governo Dilma”. O ex-ministro foi ouvido no âmbito da ação em que Lula é acusado de ter recebido, da Odebrecht, um terreno de R$ 12,4 milhões destinado a ser a nova sede do Instituto Lula, que acabou não se concretizando, e também para um terreno de R$ 540 mil em São Bernardo do Campo, vizinho ao que o petista mora com a família. Segundo o advogado, Palocci tentou dissuadir o ex-presidente ao apontar que “era uma operação escandalosa e poderia expor demais essa situação [o arranjo entre o PT e Odebrecht]”. Palocci nega que seja o codinome “Italiano” nas planilhas da Odebrecht, porém está preso há quase um ano em Curitiba. O ex-ministro estaria negociando um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.

 

Por: Bahia Notícias


Polícia Federal encontra dinheiro em apartamento que seria utilizado por Geddel


 

Conforme a PF, a Operação Tesouro Perdido deflagrada nesta terça tinha objetivo de cumprir mandado de busca e apreensão emitido pela 10ª Vara Federal de Brasília. Após investigações decorrentes de dados coletados nas últimas fases da Operação Cui Bono, a PF chegou a um endereço em Salvador, que seria, supostamente, utilizado por Geddel Vieira Lima como “bunker” para armazenagem de dinheiro em espécie.

Durante as buscas, foi encontrada grande quantia de dinheiro em espécie. Segundo a polícia, os valores apreendidos serão transportados a um banco onde será contabilizado e depositado em conta judicial.

Operação da Polícia Federal encontrou dinheiro em Salvador (Foto: Polícia Federal/Divulgação)
Operação da Polícia Federal encontrou dinheiro em Salvador (Foto: Polícia Federal/Divulgação)

Luciano Ribeiro diz que há completa falência do Estado nas áreas da educação, saúde, segurança pública e transporte marítimo


Deputado estadual Luciano Ribeiro em seu pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa, no dia 29 de agosto, abordou sobre as faltas do Estado para com questões cruciais, como a saúde que passa por um caos absoluto, na dependência de uma regulação desorientada; a ausência de estruturas nas escolas, privando os alunos de educação digna; o descaso total de segurança pública e, agora, o acidente na travessia Mar Grande – Salvador, na Bahia de Todos os Santos, anuncia a omissão na regularização do transporte marítimo. “Infelizmente, o que se previa ocorreu de forma trágica, no último dia 24, e deixou 19 mortos, confirmando mais uma completa falência do governo do Estado. E hoje, passados apenas 5 dias, a travessia voltou a funcionar naturalmente como se nada tivesse acontecido. Não vamos deixar isso passar em branco. Os culpados devem ser responsabilizados. O Estado deve assumir seus erros e tomar as devidas providências. Nós, deputados, somos convocados dia após dia pelas demandas da população, que convivem sem nenhuma proteção do Estado. A nossa discussão aqui é em defesa dos baianos e pelo o que eles precisam”, salientou o deputado.


No 1º dia à frente da Câmara, Fufuca estuda, sofre piadas e é orientado pela imprensa


No primeiro dia como presidente interino da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (29), o 2º vice-presidente da Casa, André Fufuca (PP-MA), de 28 anos recém-completados no domingo (27), foi alvo de piadas por parte de colegas por suas bochechas rosadas e sua pouca idade. Diante do desafio, Fufuca resolveu assumir a postura de deputado dedicado e passou parte da tarde estudando a pauta a ser votada no plenário nos próximos dias.

O médico, que está em seu primeiro mandato como deputado federal, herdou a Presidência da Casa porque o atual mandatário, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi elevado ao posto de presidente da República interino com a viagem de Michel Temer (PMDB) à China, em busca de investidores para as privatizações propostas pelo governo. A Câmara deveria ficar sob comando do primeiro vice, Fábio Ramalho (PMDB-MG), mas ele também embarcou com a comitiva presidencial para a Ásia, permitindo a Fufuca assumir o cargo até o próximo dia 6 de setembro.

À tarde, o presidente interino da Câmara se dedicou a receber parlamentares e outras autoridades no gabinete da Presidência enquanto ocorria a sessão conjunta do Congresso Nacional, comandada pelo presidente do Congresso e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Ao entrar no plenário, por volta das 18h, Fufuca foi cercado por colegas de diversos partidos, governistas e de oposição, que buscavam espaço para ter breves conversas ao pé do ouvido com o substituto temporário de Maia. O caminho de Fufuca se desenhou sempre sob os olhares atentos de policiais legislativos.

Pedro Ladeira/Folhapress

Fufuca (PP-AM) é rodeado por diversos colegas no plenário da Câmara

Ironias e audiências

O início da “era Fufuca”, porém, não deixou de virar motivo de piadas entre deputados. Um parlamentar da oposição falou que iria relembrar que Fufuca chamava o ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso pela Lava Jato, de “papi”.

O descrédito com o jovem presidente era tanto que, em um momento, ao microfone, o senador Magno Malta (PR-ES) pediu mais respeito e disse que o maranhense havia chegado à Câmara “ungido pelo voto”. O discurso foi aplaudido pelos parlamentares presentes.

No caminho de volta do plenário para o gabinete da Presidência da Câmara, Fufuca disse que estava preparado para encarar o desafio com o “pé no chão e humildade”. “Para mim, o que muda é o posto, mas o ser humano ainda é o mesmo”, declarou, admitindo que “muita coisa” mudou na rotina, que incluiu “várias” audiências.

Segundo a assessoria de Fufuca, diversos parlamentares passaram pelo gabinete para cumprimentá-lo pela interinidade. Ele também se reuniu com o secretário-geral da Mesa Diretora, Wagner Padilha, para estudar a pauta a ser levada ao plenário da Câmara e como conduzir o processo.

Encontro com Temer e conselho da imprensa

No início da manhã, Fufuca compareceu à transmissão de cargo de presidente da República por parte de Temer a Maia. O ato aconteceu na Base Aérea de Brasília pouco antes do embarque de Temer e a comitiva para a China, como de costume quando o titular do Palácio do Planalto se ausenta do país.

Antônio Cruz/Agência Brasil

Michel Temer (e), Rodrigo Maia (c) e André Fufuca na Base Aérea de Brasília

Mais tarde, ele participou da reunião de lideranças partidárias na residência oficial da Câmara para tentar se chegar a um consenso sobre a reforma política, sem sucesso. Embora esteja como presidente da República em exercício, Rodrigo Maia também fez questão de estar presente ao encontro.

A reunião durou cerca de duas horas. Na saída, um líder partidário brincou que Fufuca tinha comprado terno novo, penteado o cabelo e estava “todo sério” durante a ocasião. Após pedidos por parte da imprensa, Fufuca saiu do carro oficial da Presidência da Câmara cercado de seguranças para comentar o encontro e falar sobre a definição da pauta da semana. Sem tanta experiência, os repórteres tiveram de explicar ao deputado como ele deveria se posicionar para ficar em frente às câmeras.

Na entrevista, Fufuca afirmou que a terça seria uma “maratona” de votações no plenário da Câmara, tanto em sessão do Congresso quanto da própria Casa. Entre as pautas, vetos presidenciais e três destaques da Medida Provisória que cria a TLP (Taxa de Longo Prazo) para empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Ele disse também que sua prioridade à frente da Câmara seria um acordo para um novo texto do Refis, programa de renegociação de dívidas de empresas com o Fisco.

Todas essas matérias são de interesse do governo. Fufuca, inclusive, chegou a se reunir com Michel Temer e Rodrigo Maia no Planalto na manhã desta segunda (27) para acertar sua atuação. “Estamos aguardando o término da sessão do Congresso para começar, e se não houver tempo hoje, amanhã [quarta] pela manhã nós daremos prosseguimento a isso”, disse Fufuca a jornalistas mais tarde já na Câmara.

Quanto à reforma política, que continua sem consenso, disse pretender votar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que impõe o fim das coligações e a cláusula de barreira nesta quarta (30). O texto foi relatado pela deputada Shéridan (PSDB-RR). Nesta terça, ela ainda buscava fazer acordos para tentar aprovar a matéria. Segundo Fufuca, não é preciso “unanimidade, mas certa unidade”.

 

Fonte: UOL