Vaqueiro é preso por raptar e estuprar mulheres após shows no sudoeste baiano


Um vaqueiro está sendo procurado por suspeita de se passar por policial para abordar mulheres na saída de shows e estuprar as vítimas no município de Iguaí, na região sudoeste da Bahia. Uma operação foi montada para prender o homem, mas ele acabou fugindo, segundo informou a Polícia Civil nesta sexta-feira (19). Ivan Alves Santos, de 39 anos, conforme a investigação, utiliza sempre durante os crimes uma lanterna de LED, para ofuscar a visão das vítimas, uma espingarda calibre 12 e um revólver calibre 32. As vítimas são levadas para locais desertos, onde são estupradas. A polícia não informou quantos estupros teriam sido cometidos pelo suspeito. Após as denúncias, o suspeito foi identificado por uma equipe da Delegacia Territorial de Iguaí. A Polícia Civil e a Polícia Militar tentaram prender Ivan na quinta-feira (18), mas ao perceber a chegada dos agentes, o suspeito fugiu em direção a uma mata e não foi alcançado. Ele está sendo procurado. Na casa de Ivan, a polícia disse ter apreendido a lanterna de LED, a espingarda e o revólver usados nos crimes. A polícia apurou que ele trabalha há 12 anos como vaqueiro, numa fazenda da zona rural da cidade. A delegacia informou que as buscas prosseguem para tentar localizar o homem, que será indiciado pelos crimes de estupro e posse ilegal de arma.

informações do Achei Sudoeste


Suspeito de estupros em Guanambi e detido durante a operação ‘Alcimena’


Suspeito da autoria de pelo menos três estupros em Guanambi, Vagner Alves dos Santos, vulgo “Donizete”, 37anos de idade, foi detido preventivamente e encaminhado à Delegacia Territorial de cidade, nesta sexta-feira (19), durante a operação “Alcimena”, que tem como objetivo investigar a autoria de estupros e roubos ocorridos no município. A ação foi coordenada pela 22ª Coorpin, que intensificou as ações de investigação desde o mês de setembro, quando foram registrados três estupros na cidade, crimes estes praticados com as mesmas características semelhantes no tempo, lugar e maneira de execução, o que indica a possiblidade da autoria ser atribuída ao mesmo criminoso. Durante a execução do mandado de prisão, ocorrido no Bairro Morada Nova, foi apreendida uma motocicleta de cor preta, a qual foi utilizada pelo suspeito quando o mesmo mostrou o órgão genital para outra vítima. Na ocasião deste delito, uma testemunha anotou a placa do veículo, auxiliando assim investigações. Na delegacia, uma das vitimas reconheceu o autor pela voz, características físicas, e roupas utilizadas pelo mesmo.

Informações do Sudoeste Bahia


‘Doença misteriosa’ se espalha na Bahia; Moradores relatam manchas vermelhas e coceiras pelo corpo


Moradores de Cajazeiras, Canabrava, Canela, Dom Avelar, Fazenda Grande, Jardim das Margaridas, Pau da Lima e São Marcos, além de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana, também manifestaram sintomas de manchas vermelhas e coceira pelo corpo – mesmo quadro que afetou ao menos 32 moradores de um condomínio em Patamares. A relação dos bairros, onde moram 11 pessoas acometidas pela ‘doença misteriosa’, foi divulgada ontem pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). Os pacientes foram atendidos no Hospital São Rafael.

Além disso, há relato de mais um novo caso em um condomínio de alto padrão da capital, na Avenida Paralela, mesma região de Patamares. “Os sintomas começaram há cerca de duas semanas. As marcas não eram tão grandes como em algumas fotos que vi. No meu caso, foi mais espalhado pelo corpo todo”, contou a engenheira Adriana Brito, por telefone. A doença é investigada por uma força tarefa comandada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), ao lado do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na Bahia, e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

Após perceber os sintomas, ela foi até um clínico-geral, que diagnosticou que ela tinha uma espécie de urticária – irritação na pele que pode ser causada por diversos fatores como alimentação inadequada ou estresse. Foi receitado que ela tomasse antialérgicos e cortisona, diminuindo  um pouco a vermelhidão durante a primeira semana, segundo Adriana. Depois disso, ela interrompeu a medicação.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), uma força-tarefa foi montada na região para investigar os casos. Médicos infectologistas foram deslocados para o condomínio de Patamares, onde estão avaliando o quadro de saúde dos pacientes afetados pela doença.

Além disso, técnicos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) atuam através da montagem de armadilhas para capturar possíveis transmissores da doença. Após realizar a captura dos insetos suspeitos, o Centro atua em conjunto com a Fiocruz, que designa pesquisadores para analisar todas as amostras.

A Fiocruz afirmou ontem não ter recebido nenhuma amostra dos animais capturados para análise e que o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) do município é quem está fazendo o estudo dos animais apreendidos.

Sintomas

Os sintomas são bem aparentes: manchas vermelhas pelo corpo, principalmente braços e pernas, e muita coceira que duram entre cinco e seis dias. Foi o que sentiram 32 moradores de um mesmo condomínio em Patamares. Ao todo, o conjunto habitacional, que tem 18 torres, reúne 1.622 apartamentos e uma área verde de 305 mil m² dentro da própria estrutura, que fica ao lado do Parque Metropolitano de Pituaçu, um dos principais pontos da cidade com remanescentes de Mata Atlântica.

De acordo com a coordenadora do Cievs, Cristiane Cardozo, a principal suspeita é que os sintomas da coceira misteriosa sejam causados por picadas de algum inseto ainda não identificado. “São características de picadas de insetos. Nós já descartamos a hipótese de arbovírus, a exemplo de zika e chikungunya”, explicou ela.


Em decisão emocionante, juiz baiano emancipa jovem de Jequié que morava em galinheiro


Todo juiz, antes de vestir a toga, é um ser humano, e por isso não deixa de sofrer ao se deparar com uma situação de miserabilidade, como a da jovem Naiane Santos Silva, de Jequié. A decisão do juiz Luciano Ribeiro, que emancipa a jovem de 17 anos, emociona a todos que a leem. Na sentença, o juiz conta a história da menina abandonada pelos pais aos 11 anos de idade que teve que residir em um galinheiro às margens da BR-330 e era alimentada por pessoas que trabalhavam na pista. Naiane, recentemente, foi contemplada com uma casa do programa Minha Casa Minha Vida, mas foi impedida de assinar o contrato por ser menor de idade. Com isso, perdeu o direito à casa. A ação para emancipação foi proposta pela Defensoria Pública da Bahia. O magistrado, agora, espera que com a decisão Naiane possa ter dignidade e acesso a educação, moradia e um trabalho.

Em 2014, a jovem passou a viver com o companheiro, na época já maior de idade. Ela já é mãe, separada, e, atualmente, vive apenas com recursos do Bolsa Família e mora de favor em uma casa pequena, mas pode ser despejada. Na ação, a Defensoria alega que a jovem já exerce atos de maioridade civil, sendo responsável pelo filho e por prover seu próprio sustento desde os 11 anos de idade. A Promotoria de Justiça local foi favorável à emancipação da menina. O parecer ministerial afirma que a história de vida da jovem “é a prova cabal da falência do Estado e de que o sistema muitas vezes não funciona”.  Na decisão, o juiz diz que, em 13 anos de magistratura, nunca imaginou julgar um processo como esse, e por isso, se viu obrigado a proferir a sentença em 1ª pessoa. “Em todo o referido tempo, não me recordo em ter prolatado uma sentença com tanto sofrimento e com lágrimas de tristeza saltando dos meus olhos. Impossível não se compadecer com a situação da autora”, afirma. “O juiz, como estamos exaustos de saber, não é Deus, e não há ser humano que consiga deixar de sofrer ao se deparar com a situação da autora. Todo Juiz(íza) por prevalência e anterioridade, é um ser humano. Aliás, no dia em que foi realizada a audiência de instrução, foi difícil conciliar a noite ao sono”, declara.

Além de ser juiz, ele se declara um “devotado, amoroso e apaixonado pai de uma menina” e diz que não é possível entender como um pai pode abandonar um filho desde o nascimento. Para ele, talvez a única forma de entender tudo isso é a “tão atual quanto antiga e cruel política nacional de atendimento das necessidades básicas e vitais das pessoas pobres e abandonadas do nosso país”, e que, provavelmente, os pais da jovem foram vítimas de abandono também. “As tragédias pessoais e familiares se sucedem, de forma interminável, no nosso Brasil. Em casos assim, temos a exata compreensão de como os desmandos e a corrupção daqueles que administram o dinheiro e a coisa pública são maléficos a seres humanos”, avalia. O juiz afirma que “administradores” como esses desconhecem a Constituição Federal e podem ser classificados como “genocidas”, “e não somente em razão das pessoas que morrem por falta de alimento ou por falta de atendimento às suas básicas necessidades de saúde, mas também de pessoas biologicamente vivas, mas moral e dignamente mortas”. Ele ainda pondera que, no caso, não tem como julgar a partir da “letra fria da lei” e avalia os critérios para emancipação de um adolescente. Apesar da jovem não estar casada pela lei civil, não ter emprego, não estar prestes a ingressar em uma universidade, e não possuir estabelecimento comercial, a situação dela é “muito grave e, por isso, não se pode encerrar a análise da questão no Código Civil, partindo-se, portanto, e de forma sistêmica, a um exame harmônico com princípios constitucionais”.

Uma assistente social que acompanhou a adolescente relatou que ela teve uma história de sofrimento. Ficou grávida aos 16 anos, mas o bebê foi a óbito pelas “mazelas da pobreza”, acreditando que, por dormir com a criança em uma cama de solteiro, a autora pode ter dormido sobre ela, matando-a. Na segunda gestação, por não ter documentos de identificação, ela não foi submetida a nenhum exame pré-natal, apesar dos pedidos e intervenções, e o primeiro exame de ultrasson foi custeado pela psicóloga que a acompanhava. A adolescente só teve o primeiro documento em janeiro de 2017. Por conta do pedido de devolução da pequena casa em que residia, e por não ter onde morar, foi feito o cadastro da adolescente no Ministério do Desenvolvimento Social, onde, por ser mulher e chefe de família, teve prioridade para ser inscrita no Programa Minha Casa Minha Vida. No momento da assinatura do contrato do imóvel, a Caixa negou o direito por ser menor de idade. A partir daí, a Defensoria ingressou com a ação para emancipação.

O juiz conta na decisão que durante a audiência de instrução foi “incontrolável o acalentador desejo de um pai em abraçar aquela jovem, transmitindo-lhe algum conforto, carinho e esperança”. E assim ele fez. “Tal não foi a minha surpresa ao ver se levantar uma adolescente com estatura avantajada. Grande no espírito e na estatura! Esportista que sou e sempre fui, logo imaginei a quantidade de modalidades esportivas e olímpicas que perderam a força natural dessa guerreira. Ao menos, resta-lhe o título de campeã da vida”, salientou. O caso, segundo o magistrado, é um retrato do Brasil, em que o “Poder Público não entrega à sua juventude nenhum direito social, sabotando-lhes educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer, segurança, proteção à maternidade e à infância, assistência aos desamparados”. “Como resultado desse jogo mais que injusto, perde Naiane, perdemos todos nós. Até quando? Mas vai, Naiane! Comprovou-se que a vida já te emancipou, e agora quem o faz é o Poder Judiciário, que lhe deseja paz e inteireza, para cuidar de si, sua família e irmãos, pois se você ainda não tem esses direitos, caráter, honra e brio já demonstrou que possui, de sobra. Como toda sertaneja, és uma forte!”,  escreveu o juiz Luciano Ribeiro antes de declarar a emancipação. A ação já transitou em julgado.

A decisão repercutiu em Jequié e diversas pessoas já se mobilizam para ajudar a adolescente, agora emancipada. De acordo com o magistrado, em entrevista ao Bahia Notícias, advogados da região já querem criar uma conta para ajudá-la com recursos e a prefeitura também já se mobilizou. “Queira Deus que a vida dela mude depois disso”, declarou. Ele disse que, como juiz, “vê muita miséria do que de pior o ser humano tem”. Sobre julgar em 1ª pessoa, ele afirma que, tecnicamente, o juízes aprendem a não fazer a sentença desta forma, “pois não é o juiz que está julgando, é o Estado”. “Sempre nas minhas decisões coloco ‘decreta-se’, ‘homologa-se’, ‘condena-se’. Nunca coloco ‘condeno’ ou ‘homologo’ porque não sou eu. Mas dessa vez, eu achei que não tinha como. Antes de tudo, somos humanos e eu sou pai também. Não tem como não se sensibilizar e se compadecer com um absurdo desse para o ser humano”, frisou.

Como juiz, ele diz que os magistrados acabam sendo criticados, mas destaca a sobrecarga de trabalho. “Nós temos limitações humanas, trabalhamos com pouca estrutura, e com isso tudo, ficamos em dívida com a sociedade e a sociedade, às vezes, personaliza essa dívida por falta de empenho ou dedicação da nossa parte. Que isso também sirva, de alguma forma, para mudar um pouco a visão do Poder Judiciário. Tem muitos juízes e juízas preocupados em fazer justiça e fazer seu papel social. Nós podemos não só julgar processos, mas modificar a realidade das pessoas. E isso conforta muito a gente”.

Informações do Bahia Notícias

Assaltante arranca aliança de mulher com a boca no interior da Bahia


Foto: Acorda Cidade

Um homem usou a boca para arrancar uma aliança do dedo de uma mulher durante assalto na cidade de Feira de Santana, na quarta-feira (17). A cena foi registrada em vídeo com um celular por uma pessoa que presenciou o crime e as imagens estão sendo usadas pela polícia para tentar identificar o suspeito. O crime ocorreu na Rua Juventino Pitombo, bairro Sobradinho. Duas mulheres andavam pelo local quando foram abordadas pelo homem. Segundo a polícia, em depoimento, as vítimas afirmaram que, ao serem abordadas, disseram ao assaltante que não tinham pertences a serem roubados, mas o homem viu que uma delas estava com uma aliança. O criminoso, conforme depoimento das vítimas, teve dificuldades para tirar o objeto do dedo de uma das mulheres com as mãos e, então, decidiu usar a boca para arrancar a joia da vítima. A mulher ficou com o dedo ferido. As vítimas, que não tiveram identidades divulgadas, registram queixa na delegacia e receberam uma guia para realizar exames de corpo de delito. O suspeito está sendo procurado pela polícia.