Com 160 mortes confirmadas em 24h, Bahia tem novo recorde de óbitos por Covid-19


Com tais números, o estado passa a acumular agora 803.664 casos confirmados da Covid-19 e 15.330 mortes em decorrência da doença desde o início da pandemia, que teve seu primeiro registro de contaminação na Bahia no dia 6 de março de 2020, em Feira de Santana.

O número de internados com casos graves da Covid-19 também aumentou nas últimas 24 horas, de 1.259 na terça para 1.280 nesta quarta, sendo 1.261 adultos e 19 crianças ocupando leitos de terapia intensiva no estado.

Como consequência disso, subiu também a taxa de ocupação das UTIs exclusivas para o tratamento de adultos com Covid-19, de 84% para 85%. No caso das unidades pediátricas de terapia intensiva, o percentual se manteve em 53%.

A quantidade de casos ativos do novo coronavírus também está em alta, saindo de 14.570 para 15.284 nas últimas 24 horas. Os 10 municípios com mais contaminados são Salvador (3.307), Feira de Santana (603), Vitória da Conquista (376), Camaçari (355), Itabuna (340), Guanambi (280), Lauro de Freitas (239), Ilhéus (230), Juazeiro (203) e Simões Filho (177).


Estudante de 25 anos morre de Covid-19 menos de 48 horas após perder o pai para a doença


Emilly Belarmino tinha 25 anos e faleceu com Covid-19 nesta quarta-feira (31)

Em menos de 48 horas, pai e filha morreram vítima da Covid-19 em Natal. Estudante de medicina e com apenas 25 anos de idade, Emilly Cavalcante Belarmino não resistiu à doença e faleceu na madrugada desta quarta-feira (31) em Natal, após perder o pai – o médico e ex-prefeito de Ruy Barbosa – João Joaquim Cavancante Neto, de 61 anos, na segunda (29).

Emilly Belarmino cursava o 5º ano de Medicina na Argentina e estava no Brasil desde o segundo semestre de 2020, por causa da pandemia. Ela começou a apresentar sintomas no mesmo dia que o pai, em 3 de março. No dia 12, o quadro de saúde se agravou e ela foi levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Cidade da Esperança.

Da unidade, Emilly foi encaminhada para o Hospital de Campanha de Natal, onde o pai já estava internado, e ficou inicialmente em uma enfermaria. No dia 16, ela precisou ser intubada e apresentava em estado mais grave que o do pai. A jovem não resistiu e faleceu por volta de 1h40 desta quarta (31).

Segundo a família, a jovem não tinha comorbidades.

Na família, a mãe foi a única que não adoeceu. Emanuelly Cavalcante, irmã de Emily, também pegou a doença e foi a primeira a apresentar sintomas, em 27 de fevereiro. “A gente nunca imagina como a doença vai reagir. Em momento algum, a gente imaginou que passaria por uma tragédia dessas na nossa família. Por isso eu gostaria de reforçar que as pessoas tivessem cuidado. É uma dor muito grande”, afirmou Emanuelly.

Pai e filha estavam internados com Covid-19 e morreram com menos de 48 horas de diferença em Natal.

“Doutor João”, como era conhecido o pai, estava atuando desde o início do ano nas UPAs de Cidade da Esperança e do bairro Potengi, além do Hospital dos Pescadores e unidade básica de saúde de Mãe Luiza. Ele era clínico geral, mas atuava no setor de pediatria em todas as unidades e já tinha tomado duas doses de vacina contra a doença, segundo a filha.

No dia 3 de março, João começou a apresentar sintomas da Covid-19 e o quadro se agravou no dia 10, quando foi internado na UPA de Cidade da Esperança. No dia seguinte, foi transferido para o Hospital de Campanha, sendo intubado. Ele apresentou melhora e chegou a ser extubado, mas voltou a passar pelo procedimento e faleceu na segunda-feira (29).


Bahia: Casal dos 13 filhos com nomes iniciados com letra ‘R’ por causa de ex-jogadores aumenta ‘time’ e ganha uma menina


O casal Irineu Cruz e Jucicleide Silva, do município baiano de Conceição do Coité, a cerca de 200 quilômetros de Salvador, protagonizou uma das histórias mais curiosas da Bahia.

Em outubro de 2018, eles eram pais de 13 filhos com nomes iniciados com a letra “R”. A ideia era sempre homenagear algum jogador de futebol que ainda estivesse jogando ou que já tivesse pendurado as chuteiras. A novidade agora é que a família cresceu e a mamãe não é mais a única do sexo feminino.

Na última atualização, a família ainda decidia o nome do 14º bebê, que estava na barriga de Juci, como a chefe da família é conhecida. Em janeiro de 2019, nasceu Rodrigo.

Foi em setembro do ano passado que a baiana realizou o tão sonhado desejo. Depois de dar à luz a 14 meninos, enfim nasceu Raiane Maiara. A chegada da menina foi motivo de alegria para o casal e os 14 irmãos.

“Eu falei que se fosse menino, eu ia ser muito feliz. Quando fiz a ultrassom, que deu menina, aí fiquei mais feliz ainda, porque menino já tive 14 e com a vinda de uma menina minha felicidade completou”, disse a dona de casa Jucicleide, de 39 anos.

“Veio uma menina e é a alegria da casa. A gente já era alegre e somos mais alegres por termos os 14 homens e a menina”, contou Irineu Cruz, conhecido como Chitão, que tem 44 anos.

“Raiane Maiara. Promessa tem que ser cumprida. Os homens eu que colocava [o nome] e menina era ela, então foi ela que escolheu. Ela botou com ‘R’ também para acompanhar o lote, que são todos com ‘R’ e graças a Deus ela escolheu com ‘R’. A alegria do Brasil e do mundo”, disse o baiano.

Agora, Raiane e Rodrigo se juntam aos irmãos Ronaldo, Robson, Reinan, Rauan, Rubens, Rivaldo, Ruan, Ramon, Rincon, Riquelme, Ramires, Railson e Rafael. A quantidade de filhos do casal daria para montar um time de futebol com reservas.


Policiais protestam e ameaçam deflagrar greve após morte de colega que teve surto em Salvador


Policiais militares da Bahia protestaram em frente ao Hospital Geral do Estado (HGE) após a morte do soldado Wesley Soares Góes. Uma manifestação convocada pela Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) está marcada para a manhã desta segunda-feira (29).

A Polícia Militar da Bahia ainda não confirmou a morte do soldado. Já a Aspra publicou em suas redes sociais um comunicado informando que o policial não resistiu aos ferimentos dos disparos efetuados pelos policiais do Bope.

 

Agência Sertão


Baiano, pesquisador de vacina brasileira da Covid-19, lutou contra a pobreza e ficou 5 anos sem estudar


Aos 39 anos, o imunologista Gustavo Cabral de Miranda é coordenador de uma das pesquisas para desenvolver uma vacina brasileira contra a Covid. Mas a estrada até onde ele chegou foi tortuosa e cheia de desafios. Ao Globo Repórter, o pesquisador contou a história de superação e de resiliência de sua vida. Nascido em um pequeno povoado chamado Creguenhem, na cidade de Tucano, interior da Bahia, ele travou uma guerra contra a pobreza para conseguir chegar até a universidade. “Minha compreensão de morar em Creguenhem era ir para roça, ir para escola por obrigação. Não tem a cultura de qual a importância do estudo.

Aos 7 anos, eu estava vendendo geladinho. Sempre fui muito hábil para sobreviver. Uma parte eu ajudava em casa, uma parte tirava e juntava, tirava e comprava uma galinha. Vendi as galinhas, comprei um porco. Depois vendi os porcos, comprei uma vaca”, relembra. Terceiro de quatro irmãos, Gustavo saiu de casa aos 15 anos e foi trabalhar em um açougue em Euclides da Cunha. Ganhou dinheiro, mas aos 20 decidiu retornar para a casa dos pais e voltar a estudar, quando passou a observar “as pessoas estudadas” e o que elas tinham. Ele fez faculdade na Uneb, em Senhor do Bonfim, depois mestrado em Salvador, doutorado na USP (São Paulo) e não parou mais. Já viajou como PHD para Portugal, Inglaterra e Suíça. “A gente não veio ao mundo perder a viagem. É muito trabalho para vir para cá. A gente tem que fazer alguma coisa que faz diferença nisso daqui. Minha personalidade não me permite baixar a cabeça. Vou dormir hoje chorando, mas no dia seguinte amanheço como um leão. Eu tenho que ir para guerra”, afirma.