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O boletim divulgado no domingo (21) pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) aponta que a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 atingiu 99% no sudoeste da Bahia.
Na região, há apenas dois leitos da categoria disponíveis. Os hospitais dos municípios de Caetité, Guanambi, e Vitória da Conquista estão com o índice de 100% de lotação.
Dos 2.901 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS) exclusivos para coronavírus no estado, 2.204 possuem pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação de UTI adulto de 85%.
A fabricante de bebidas Ambev confirmou nesta segunda-feira (22) que está convertendo parte de uma de suas cervejarias, no interior de São Paulo, para a fabricação e envasamento de oxigênio hospitalar. Os cilindros serão doados para hospitais e unidades de saúde de São Paulo –a ocupação de leitos de Unidade de Terapita Intensiva (UTI) do estado já passou dos 90%.
A fábrica que está sendo adaptada fica na cidade de Ribeirão Preto e é destinada originalmente à produção da Colorado, uma das marcas de cerveja da companhia. A unidade, de acordo com a Ambev, terá capacidade para fornecer oxigênio suficiente para 166 pessoas por dia e deve começar as primeiras entregas em abril.
A antecipação do horário do toque de recolher na Bahia, das 20h para as 18h, começa a valer nesta segunda-feira (22) em todo o estado, até o dia 1º de abril. Durante esse período, está proibida venda de produtos não essenciais, como eletrodomésticos e vestuário, em hipermercados e atacadistas. Só será permitida a venda de itens de alimentação e limpeza. Dessa forma, assim como as bebidas alcoólicas no fim de semana, a seção deverá ter o acesso fechado ao público.
A retomada escalonada das atividades econômicas fica condicionada à manutenção, por cinco dias consecutivos, da taxa de ocupação dos leitos de UTI em percentual igual ou abaixo de 80%.
A eficácia da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca é de 79% na prevenção de casos sintomáticos. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (22) pelas duas entidades.
Isso significa que, nos testes, a vacina conseguiu reduzir em 79% a proporção de casos sintomáticos que ocorreriam se as pessoas não tivessem sido vacinadas.
Os testes foram feitos nos Estados Unidos, Chile e Peru e os dados mostram que em relação aos participantes com mais de 85 anos, a eficácia foi de 80%.
De acordo com a Astrazeneca e a Oxford, o imunizante é segura e teve 100% de eficácia contra casos graves e contra aqueles que necessitam de hospitalização dos pacientes.
Os testes de fase 3 contaram com 32.449 voluntários nos três países.
A vacina de Oxford é uma das utilizadas no Brasil. Por aqui a Fundação Oswaldo Cruz fechou parceria com a Oxford e Astrazeneca para produção da vacina.
O imunizante é administrado em duas doses. Nesses testes, elas foram aplicadas com 4 semanas de diferença, mas outros ensaios, anteriores, mostram que, se as doses forem dadas com um intervalo de até 12 semanas, a eficácia da vacina pode ser ainda maior. Esse intervalo de 12 semanas é o que está sendo feito na vacinação no Brasil, destaca reportagem do Bem Estar.
O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, afirmou nesta segunda-feira (22) que a contaminação pelo novo coronavírus está em queda na Bahia, o que dá a possibilidade de discutir a reabertura das atividades econômicas dentro de 15 dias.
De acordo com ele, as medidas de lockdown parcial e toque de recolher adotadas no estado já surtem efeito na melhora, ainda tímida, do cenário da pandemia no estado. Além da queda no número de pessoas à espera de leitos de UTI Covid há 10 dias, a Bahia vê se estabilizarem os números de casos da doença.
Em relação aos novos casos diários, houve diminuição de 5 mil para 4,5 mil há 15 dias, um platô, que mesmo alto, mostra estabilidade. Também houve queda na taxa de testes positivos para coronavírus processados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
Antes, de cada 100 exames feitos, 60 tinham resultado positivo. Há 15 dias, a proporção tem ficado em 40 para 100. Os casos ativos, que estavam na casa dos 20 mil, têm caído há duas semanas e estão em 16,8 mil atualmente.
“Temos evidências de que o distanciamento social imposto pelas medidas restritivas fez o número de casos cair e temos um reflexo disso na demanda por leitos. A gente torce para o melhor e se prepara para o pior. Não tenho bola de cristal, mas tudo indica que, persistindo essa melhora nos números, a gente consiga ter uma flexibilização maior. Acho que, em um horizonte de 15 dias, dá para se fazer algum tipo de previsão”, disse o secretário, em entrevista ao “Isso é Bahia”, programa da rádio A TARDE FM em parceria com o Bahia Notícias.