Câmara aprova validade de 10 anos para CNH de motorista profissional


A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (24) uma mudança no projeto que altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) a fim de permitir que a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de motoristas profissionais, com idade inferior a 50 anos, tenha validade de dez anos.

O texto-base, aprovado pelos parlamentares na terça-feira (23), determinava que o documento para os condutores nessa faixa etária fosse renovado a cada cinco anos.

Com isso, os motoristas profissionais ficarão enquadrados na regra geral:

  • CNH com validade de dez anos para quem tiver menos de 50 anos
  • CNH com validade de cinco anos para quem tiver idade igual ou superior a 50 anos e inferior a 70 anos;
  • CNH com validade de três anos para condutores com idade igual ou superior a 70 anos.

Até a última atualização desta reportagem, os parlamentares ainda analisavam outras sugestões para modificar pontos específicos do texto. Após a conclusão da votação na Câmara, o projeto seguirá para o Senado.

Considerado um assunto prioritário pelo Palácio do Planalto, o projeto foi apresentado em junho do ano passado pelo presidente Jair Bolsonaro, que foi pessoalmente à Câmara fazer a entrega do texto.

Entre as mudanças, o projeto amplia o prazo para a renovação dos exames de aptidão física e mental para a renovação da CNH e estabelece a obrigatoriedade do uso de cadeirinha para o transporte de crianças de até 10 anos que ainda não atingiram 1,45 metro.

O projeto regulamenta ainda a circulação de motocicletas entre os veículos, mantém a exigência de exames toxicológicos para motoristas das categorias C, D e E e prevê limites diferentes de pontuação na carteira de motorista, antes da suspensão, no prazo de 12 meses.


Bahia bate recorde de novos casos e ultrapassa marca de 50 mil infectados pelo coronavírus


A Bahia atingiu e ultrapassou a marca de 50 mil infectados pelo novo coronavírus nesta quarta-feira (24). O novo boletim da Secretaria da Saúde (Sesab) informa que o estado registrou nas últimas 24 horas 2.847 novos casos, um recorde diário no estado, que agora contabiliza um total de 51.931 casos confirmados e 1.541 mortes pela doença. Nas últimas 24 horas foram registrados 50 óbitos.

Na terça-feira (23) eram 49.084 casos confirmados e 1.491 tiveram óbito confirmado.

Dos 51.931 casos confirmados desde o início da pandemia, 27.521 já são considerados curados, 22.869 encontram-se ativos e 1.541 tiveram óbito confirmado. As confirmações ocorreram em 363 municípios da Bahia.


Uso de dexametasona reduz mortalidade em estado grave do coronavírus, diz Oxford


Estudo da Universidade de Oxford aponta que o uso em baixa dosagem de um esteroide comum, a dexametasona, está tendo um grande efeito comprovado na recuperação de pacientes críticos com covid-19. O tratamento, o primeiro com efeito comprovado, reduziu a um terço o risco de morte entre pacientes em respiradores e, a um quinto, para os doentes entubados.

Pesquisadores da universidade britânica usaram a dexametasona como parte de um teste clínico mais amplo para avaliar vários tratamentos potenciais contra a covid-19. Cerca de 2.100 paciente receberam baixas doses do esteroide por dez dias. Outro grupo, de 4.300 pacientes receberam o tratamento padrão.

O uso da dexametasona ajudou a reduzir o número de mortes em pacientes com ventilação mecânica e entubados, mas não trouxe benefícios para pacientes que não exigiam suporte respiratório.

Para pacientes com ventilação mecânica, o uso do esteroide reduziu o risco de morte de 40% para 28%, enquanto nos pacientes entubados para receber oxigênio, o risco de morte caiu de 25% para 20%.

Em nota divulgada à imprensa, pesquisadores da Universidade de Oxford disseram que planejam divulgar os detalhes do teste clínico “o mais rápido possível”. “São claros e significativos os benefícios à sobrevivência dos pacientes muito doentes que necessitam de suporte para respirar”, disse Peter Horby, coordenador do estudo.

“Até agora este é o único medicamento que mostrou uma redução na mortalidade e de forma significativa. Trata-se de um grande avanço”, acrescentou.

Martin Landray, principal médico da pesquisa, diz que as descobertas sugerem que para cada oito pacientes tratados em ventiladores, o uso da dexametasona pode salvar uma vida. Para os pacientes entubados para receber oxigênio, o tratamento com esteroide salva uma vida por aproximadamente cada 20 a 25 paciente.

“O tratamento com a dexametasona dura até 10 dias e custa cerca de 5 libras [cerca de R$ 32] por paciente. Portanto, basicamente custa 35 libras para salvar uma vida. Este é um medicamento disponível globalmente”, destaca Landray.


Profissionais da saúde infectados por Covid-19 ultrapassam os 5,3 mil na Bahia


Na linha de frente da pandemia do novo coronavírus, os profissionais da saúde infectados pela doença já são 5.341 na Bahia, conforme dados do boletim atualizado da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab).

A categoria dos técnicos ou auxiliares de enfermagem é a mais afetado e já soma 1.760 casos. “Outros” aparece em segundo lugar, com 1.244, essa definição, de acordo com a Sesab, diz respeito os profissionais que atuam em unidades de saúde, mas não são profissionais da saúde, a exemplo de recepcionistas, serviços gerais, higienização, maqueiros, etc.

Os enfermeiros aparecem em seguida, e como a terceira categoria mais afetada. Eles somam 1.057. Os médicos que testaram positivo para a doença na Bahia são 554 e os fisioterapeutas 147.

Integram a lista também os agentes comunitários de saúde (127), assistentes sociais (86), nutricionistas (79), farmacêuticos (75), agentes de endemias (64), psicólogos (60), dentistas (58), fonoaudiólogo (18), biomédicos (10) e bioquímicos (2).


Guedes confirma prorrogação por dois meses do auxílio emergencial


O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou na manhã desta terça-feira (9) que o governo vai prorrogar por dois meses o pagamento do auxílio emergencial. Porém, ainda não ficou claro se o valor do auxílio será mantido ou se haverá uma redução.

“O presidente já lançou e comunicou isso que, por dois meses, nós vamos estender o auxílio emergencial”, afirmou Guedes nesta terça. Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro já tinha dito que conversou com o ministro da Economia sobre a prorrogação do benefício.

Na última sexta-feira (5), o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou que o governo prevê pagar duas parcelas extras de R$ 300 cada.

Após a reunião interministerial nesta terça, Bolsonaro disse que aceita aumentar o valor do auxílio emergencial se deputados e senadores reduzirem os próprios salários. De acordo com o presidente, se o Congresso quiser que as duas parcelas extras sejam de R$ 600, os parlamentares terão de indicar a fonte da despesa.

“Eu sei que tem parlamentar que quer mais duas de R$ 600. Tudo bem, se tivermos um programa para diminuir o salário do parlamentar, a metade, grande parte do salário desses parlamentares ser usado para pagar isso aí, tudo bem”, disse Bolsonaro.

O presidente ressaltou que o pagamento de cada parcela do auxílio custa cerca de R$ 40 bilhões. “Não tem possibilidade da nossa dívida continuar crescendo dessa maneira”, declarou.

O auxílio foi criado para compensar a perda de renda decorrente da pandemia de coronavírus. O benefício atual é de R$ 600 (ou R$ 1,2 mil para mães solteiras). Inicialmente, os pagamentos seriam feitos por apenas três meses. Porém, o governo decidiu prorrogar.

O benefício começou a ser pago em 7 de abril. Até segunda-feira (9), ainda havia 10,4 milhões de pedidos de auxílio emergencial aguardando análise, segundo a Caixa. Não há previsão de quando essas pessoas irão receber o benefício.

Renda Brasil

Na mesma reunião desta terça-feira, Guedes disse que o governo deve lançar em breve o “Renda Brasil”, que unificará diversos programas sociais.

“Nós estávamos em um nível de emergência total a R$ 600, vamos começar agora uma aterrisagem, com a unificação de vários programas sociais, o lançamento do Renda Brasil, que o presidente vai lançar”, afirmou Guedes.

O ministro afirmou também que, durante a pandemia, o governo “aprendeu” que há “38 milhões de brasileiros invisíveis e que também merecem ser incluídos no mercado de trabalho”.

“Vamos lançar um programa Verde e Amarelo. Só que agora nós sabemos quem eles são. Nós digitalizamos e temos o endereço de cada um. E nós vamos formalizar esse pessoal todo. Eles são brasileiros como todo mundo e eram invisíveis. Vamos estar lançando isso daqui a pouco”, completou Guedes.

Via G1