Governo promove injustiça com interior do estado ao injetar mais de 50% dos investimentos em Salvador”, diz líder da Oposição em audiência pública


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Foto: ASCOM

Líder da Oposição questiona secretário da Fazenda sobre a falta de investimentos nos municípios e sobre os R$246 milhões, saldo de uma operação crédito voltado a segurança pública, mas que sua aplicação não consta no relatório das contas públicas. 

A concentração de investimentos pelo governo do estado, apenas na capital baiana e a ausência de mais recursos e obras nos municípios do interior do estado foi um dos questionamentos feitos pelo líder da Bancada de Oposição, na Assembleia Legislativa da Bahia, Luciano Ribeiro (DEM) ao secretário estadual da Fazenda, Manoel Vitório, durante a audiência pública sobre a explanação das contas do estado. O deputado destacou que em 2017, o governo aplicou 51,83% dos investimentos em Salvador, o que explicaria a lacuna de ações no interior.

Há uma injustiça do governo estadual com os demais municípios. Houve um investimento de R$2,46 bilhões e mais de 50% desse total foi aplicado em Salvador, sacrificando o interior do estado”, avaliou.

Durante a audiência, realizada no Plenarinho da Casa Legislativa, o líder oposicionista também questionou a ausência de R$246 milhões que seriam injetados na segurança pública do estado. O governo aprovou uma operação de crédito com o Banco do Brasil em 2013, no valor de 1,250 bilhão, sendo R$526 milhões para a segurança pública. Contudo, de acordo com relatórios do Flipan, do valor alocado, até 2017 foram realizadas despesas no montante de R$279 milhões, havendo portanto esse saldo a realizar de R$246 milhões


STJ manda PF interrogar Wagner em apuração que envolve também Rui Costa, diz revista


O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizou uma série de providências requeridas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em uma investigação que envolve o governador da Bahia, Rui Costa (PT), e o atual secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, de acordo com a revista Época. Entre as diligências autorizadas pelo ministro, a Superintendência da Polícia Federal na Bahia deverá interrogar Wagner e pessoas ligadas à Odebrecht. Os dois petistas são suspeitos de receber dinheiro ilegal da empreiteira. O caso chegou ao STJ a partir de representação de deputados estaduais opositores do PT enviada à Polícia Civil em Salvador no ano passado. Ainda segundo a revista, Wagner e o caixa eleitoral de Rui nas eleições de 2014 foram beneficiários de repasses ilegais, apontaram executivos da empreiteira. Por envolver prerrogativa de foro, a polícia baiana remeteu o documento ao STJ.


Deputado Luciano Ribeiro cobra respostas sobre tiro que atingiu sua sala, na ALBA


O líder da Bancada de Oposição, Luciano Ribeiro (DEM), cobrou em discurso no plenário da Assembleia Legislativa, respostas em relação ao tiro que atingiu a Sala da Liderança da Minoria, no final de fevereiro. Durante o pronunciamento ao deixar clara a falta de atenção dada ao fato por parte dos poderes, o líder ressaltou que em qualquer democracia do mundo, o episódio seria considerado gravíssimo. “A sede de um Poder foi atingida por um tiro e até hoje não houve um gesto que seja do governo ou do secretário de segurança pública do estado sobre o fato”, lamentou.
Luciano frisou que é preciso esclarecimentos sobre essa ocorrência e que a proteção do Legislativo precisa ser assegurada. O deputado também mandou recado sobre o papel da Oposição e a possibilidade de suposta ameaça ao trabalho do grupo. “Que esse tiro não tenha sido para calar a Oposição da Bahia, pois isso não acontecerá. Vamos continuar fiscalizando e apontando as irregularidades do estado”, enfatizou.

Luciano Ribeiro cobra respostas sobre tiro que atingiu liderançaA sala usada pelo líder da Bancada foi atingida por tiro de grosso calibre, quebrando a principal janela do ambiente, no final do mês passado. O projétil foi encontrado em cima da mesa do líder e ninguém se encontrava no gabinete da Liderança, no momento. Uma perícia foi feita no local, mas as investigações ainda não apontaram a identificação da origem dos disparos.


Rui pede que PT esqueça impeachment e cogite apoiar presidenciável de outra sigla


O governador da Bahia, Rui Costa (PT), em entrevista ao portal UOL, afirmou que o partido precisa entender que, em um cenário sem Lula, “mais importante que ter um nome do partido, é ter um nome que reconstrua o Brasil”. “Não podemos ficar nessa marra de que, se não há um nome natural do PT e se o Lula não puder ser [candidato], por que não pode ser de outro partido? Acho que pode e acho que essa discussão, se ocorrer, no momento exato, nós vamos fazer esse debate”, opinou. Para o governador baiano, a prisão de Lula poderia, inclusive, render votos ao PT Segundo ele, a detenção aumentaria um sentimento “de revolta, de indignação”, e os beneficiários disso seriam os candidatos alinhados a Lula ou quem ganhar o apoio do ex-presidente. “Vai aumentar ainda mais a indicação de algum nome que ele venha a apoiar, acho que aumenta a chance”. No sentido de união, o PT também precisaria deixar de lado os discursos sobre o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. “Nós temos que virar a página daquele momento. Se a gente ficar remoendo o impeachment, nós não vamos nem dialogar com a sociedade”. Ele disse, por exemplo, diz que pretende manter o PP, partido de seu vice e que apoiou o impeachment, em sua chapa à reeleição. “Nós queremos ou não o voto dessas pessoas [que apoiaram o impeachment] para reconstruir o Brasil? Queremos. Então não adianta ficar brigando com aquele momento histórico, seus erros, seus acertos. Nós temos que dialogar com a sociedade e chamar quem compor o Brasil em novas bases éticas, onde a gente consiga pactuar mudanças estruturais”, completou. Informações do Bahia Notícias

 


Queda em investimentos e no reforço de policiamento nos territórios explicam escalada da violência na Bahia, diz Oposição


Segurança pública sem estrutura necessária para inibir a criminalidade e falta de policiamento para inibir a migração de facções para os territórios baianos. Esses são alguns pontos que podem explicar a alta escalada da violência, na Bahia, nos últimos anos. “Não existe uma política sólida e eficiente que iniba os crimes e ajude a combater a criminalidade no estado. O governo diz que investe, mas os números de ocorrências e os fatos graves, como o ataque ao município de Eunápolis na última semana mostram o fracasso no policiamento das cidades e territórios, sendo clara a falta de proteção ao cidadão pelo estado”, diz o líder da Bancada de Oposição, Luciano Ribeiro (DEM).

Ano após ano, os investimentos sofrem queda. Em 2015, a segurança pública teve participação de 3,99% em relação investimento total do estado, ou seja, de R$2,2 bilhões, somente R$89 milhões foram investidos no setor. Em 2016, do total de R$3,1 bilhões, somente R$231 milhões foram para segurança, representando 7,3%. Em 2017, do total R$ 2,4 bilhões, somente R$56 milhões foram aplicados na segurança, uma participação de apenas 2,27% do total, conforme relatório sobre o orçamento do estado.

Sem respostas

No plenário da Casa, o assunto voltou a chamar a atenção nos discursos dos deputados. O vice-líder, deputado Leur Lomanto Jr. (MDB), lembrou do episódio do tiro que perfurou a janela da sala da Oposição há duas semanas. Até hoje a Bancada não teve respostas sobre o caso. Em discurso, o deputado frisou também o terror vivido pelas localidades de Itaparica, Vera Cruz, com tiroteios na última semana. “Isso só vem comprovar o atual estado de calamidade e abandono em que se encontra a segurança pública no estado da Bahia. Na Bahia houve um aumento de todos os índices de violência, batendo recorde no país. As pessoas estão amedrontadas com tantos assaltos, ataques a instituições financeiras, homicídios, enfim aonde vamos parar com tanta violência?”, questionou.