Paciente de Guajeru morre e médica acusa hospital municipal de Brumado de negligência; SESAU rebate e diz que ‘faltou experiência médica’


Em contato com a redação de um site da cidade de Brumado, uma médica que atende no município de Guajeru, acusa o Hospital Municipal Professor Magalhães Neto, em Brumado, de negligência médica.

Segundo a profissional Ângela Maires Jardim Santos (CRM 30739), na madrugada de quarta-feira (10) ela tentou dar entrada na unidade hospitalar de Brumado com uma paciente cardiopata, de 40 anos, com risco eminente de morte, e que foi negado o atendimento. “O paciente ficou aproximadamente 40 minutos dentro da ambulância, em estado grave, enquanto a equipe condutora proveniente do município de Guajeru, insistia pelo atendimento”, relatou a médica. De acordo com a profissional, só após acionar a Polícia Militar foi permitido que o paciente adentrasse na unidade. “Foi permitido que o paciente adentrasse à unidade, porém não recebeu assistência médica dos plantonistas. Os cuidados foram prestados pela equipe de saúde  que conduzia o paciente em busca de melhor suporte”, esclareceu Ângela. Ainda de acordo com a médica, uma hora depois, o paciente evoluiu para óbito.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Brumado informou que a médica de Guajeru, “de forma irresponsável, colocou um paciente em uma ambulância sanitária e trouxe para Brumado em um transporte não adequado, e para uma unidade onde não tinha suporte para a necessidade do paciente. O problema da regulação na Bahia não é culpa de Brumado”. O texto informa ainda que “a médica chegou com o paciente grave sem avisar, já fazendo escândalo e filmando tudo, o médico de Brumado questionou o porque ela estava com um paciente grave em uma ambulância sanitária e sem regulação”, diz a nota.

Conforme a SESAU de Brumado, “o médico plantonista não negou atendimento, muito pelo contrário, ele liberou a sala vermelha do hospital e tudo que era necessário para a mesma atender o paciente”, contou. Por fim, a Secretaria de Saúde do município de Brumado afirmou que “a médica não tinha muita experiência com urgência, ficou perdida, e infelizmente o paciente faleceu”. Sobre a negligência no atendimento alegado pela médica de Guajeru, a SESAU disse que “a paciente estava sob a responsabilidade de uma médica, e o hospital liberou a sala de emergência pra ela trabalhar”. No boletim médico, o relatório aponta que o paciente ficou internado 16 dias em uma unidade de saúde de Guajeru aguardando cirurgia para troca válvula e apresentava “descompensação evoluindo para ICC”. O documento ainda mostra que o paciente — que era cardiopata — possuía uma lista de problemas, entre eles: Risco de morte súbita devido a estenose aótica grave; PA inaudível; Choque cardiogênico; Sopro sistólico e, entre outros.

Informações do 97 News

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