Os dois secretários possuem mandatos de deputados federais e estavam licenciados.Eles foram exonerados e seguem para Brasília para a votação do parecer.
O Estadão informou nessa terça-feira (01) que o governador da Bahia, Rui Costa (PT), decidiu exonerar dois secretários com o objetivo de ajudar a barrar denúncia na Câmara dos Deputados e ajudar o presidente Michel Temer (PMDB) na votação que acontece nessa quarta-feira (2).
Os dois secretários possuem mandatos de deputados federais e estavam licenciados. Fernando Torres (PSD), estava na secretaria de Desenvolvimento Urbano, e Josias Gomes da Silva (PT), na secretaria de Relações Institucionais. Eles foram exonerados e seguem para Brasília para a votação do parecer.
Na votação eles devem se abster, ajudando assim o Temer, já que a oposição precisa de 342 votos para que seja autorizada a abertura da investigação. Se o pedido for autorizado, o presidente se afastaria do seu cargo e o Rodrigo Mia (DEM), que comanda a Câmara dos Deputados, assumiria temporariamente a presidência.
- Foto: Facebook/Rui CostaRui Costa, governador da Bahia
A decisão de Rui Costa seria exatamente para evitar essa situação, já que o seu provável adversário nas eleições de 2018, o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM), mais conhecido como ACM Neto, ficaria fortalecido com Maia no comando do país.
Sobre o seu posicionamento, Fernando Torres afirmou que defende a realização de eleições diretas. “Vou abster-me na votação. Não sou a favor nem de Michel Temer nem de Rodrigo Maia. Sou a favor de eleições diretas para presidente”, disse.
Já Josias Gomes afirmou que se Temer saísse do governo seria como “tirar um golpista para colocar outro” e confessou que a possível candidatura de ACM Neto influencia a sua decisão, pois “claro que esse aspecto também é ponderado. Se o Rodrigo Maia assume, ele [prefeito de Salvador] vai se fortalecer”, disse. Silva ressaltou que essa não é uma tese só dele. “É minha, do governador e da maioria dos partidos que apoiam ele no Estado”.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoMichel Temer