Cerca de 800 m³/s de água passam pelas turbinas de geração de energia, que trabalham com a capacidade máxima de produção. O restante está sendo liberado pelas comportas.
Em nota, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou que segue acompanhando a condição da bacia e ao longo dos próximos dias atualizará quaisquer alterações nesta programação de defluência. Como as chuvas tendem a ficar menos intensas nos próximos dias, de acordo com as previsões meteorológicas, é pouco provável que haja aumento da vazão no decorrer desta semana.
A empresa trabalha com modelos hidrológicos e meteorológicos para tomar decisões sobre alterações de vazões. Além disso, as decisões precisam do respaldo da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), e do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF).
O reservatório iniciou o período chuvos com cerca de 34% de seu volume. Com as chuvas intensas de dezembro e início de janeiro, houve elevação acelerada no nível da água. No dia 13 de janeiro, a afluência em Três Marias foi superior a 9.000 m³/s, a maior já registrada em todo o período de operação da hidroelétrica.
Controle da cheia
A meta do controle da cheia, além de evitar alagamentos e inundações à jusante da hidroelétrica, é otimizar o armazenamento de água para que ao fim do período chuvoso haja o maior volume de água possível para produção de energia elétrica durante o ano. Como ainda há previsões de chuvas pelo menos até abril, o reservatório deve terminar o período chuvoso bem próximo de 100% da capacidade.