Senado aprovou o texto-base da reforma trabalhista nesta terça-feira (11) depois de horas de confusão no plenário e suspensão da sessão.
Foram 50 votos a favor e contra 26 da proposta do governo que altera a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) em mais de cem pontos.
A aprovação se deu em relação ao texto-base. Ainda haverá votação nesta terça dos chamados “destaques”, que são tentativas de alteração da proposta. Caso eles sejam derrubados, a reforma será encaminhada para a sanção presidencial.
A sessão, que estava marcada para 11h desta terça-feira (11), foi suspensa ao meio dia pelo presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), depois de ele ter sido impedido de sentar-se à mesa diretora por um grupo de senadoras da oposição, liderado por Fátima Bezerra (PT-RN).
Fátima, acompanhada das senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) se recusou a levantar da cadeira. Ainda em pé, Eunício suspendeu a sessão. Depois, as luzes do plenário foram apagadas e os microfones, desligados.
Fragilizado pela denúncia criminal apresentada contra o presidente Michel Temer, o governo conta com margem apertada para aprovar no Senado, nesta terça-feira (11), a ampla reforma da legislação trabalhista que o peemedebista apresentou como uma das bandeiras de seu governo.
A oposição quer aproveitar o clima criado pela denúncia, que está sob análise da Câmara dos Deputados, para tentar barrar a votação e atrasar ainda mais o calendário programado pelo Palácio do Planalto, que contava com a aprovação do texto em junho.
O levantamento mostra que o governo tem o apoio declarado de 43 senadores para aprovar a reforma. Como se trata de um projeto de lei, o apoio de metade mais um dos presentes na sessão basta para o governo -se os 81 senadores comparecerem, seriam suficientes 41 votos.