Os casos da Síndrome Mão-Pé-Boca tiveram um aumento em relação ao ano passado nos três primeiros meses do ano.
Em São Paulo, por exemplo, a alta foi de 149% em relação a 2022 – além de registro de surtos em Minas Gerais, Santa Catarina e Minas Gerais.
Em entrevista, o infectologista pediátrico Márcio Nehab explicou que se trata de uma doença viral, causada pelo vírus Coxsackies e enterovírus, transmitida pelo contato.
“Ela é transmitida tossindo, falando, com contato de secreções contaminadas, incluindo fezes”, disse.
O período de incubação é de 3 a 6 dias, e o contágio preocupa, já que “crianças eliminam vírus por semanas ou até meses nas secreções respiratórias e fezes.”
A doença, que afeta em sua maioria as crianças, não é restrita a elas, e pode acometer adolescentes e adultos.
“Ela se manifesta com o aparecimento de lesões principalmente dentro da boca, nos pés e nas mãos, por isso o nome”, contou.
O infectologista destacou que essas lesões são avermelhadas em um primeiro momento e às vezes evoluem como pequenas bolhas d’água, similares à catapora.
“As lesões dentro da boca são muito doloridas, se assemelham a aftas e são um problema para as crianças, que muitas vezes têm a hidratação e ingestão de alimentos dificultada.”
A prevenção, segundo o especialista, “passa por evitar contato com adultos ou crianças doentes.”
“Antes de se ter os sintomas é muito difícil impedir completamente”, disse.
Dessa forma, é importante que, se a criança não estiver bem, que seja mantida fora de suas atividades normais de creches ou escolas.
Não há tratamento específico para a síndrome Mão-Pé-Boca, o que são tratados são os sintomas, como dor, febre e vômitos.
CNN Brasil