A Polícia Civil de Salvador encontrou na última segunda-feira (26) o corpo sem vida de dois jovens, de 29 e 19 anos, dentro um porta-malas com marcas de tortura e tiros. Investigações apontam que as vítimas tratam-se de um tio e um sobrinho que foram acusados de furtar alimentos no supermercado Atakadão Atakarejo, localizado no bairro de Amaralina, na capital baiana.
Segundo familiares das vítimas ouvidos pelo jornalista Bruno Wendel, do Correio da Bahia, os funcionários do Atakarejo entregaram os dois a traficantes locais após terem sido flagrados furtando carne na loja. O tio, Bruno Barros da Silva, era pai de uma menina de dois anos e morava na mesma casa que o sobrinho, Ian Barros da Silva.
Ajoelhada no asfalto quente, Dionésia Pereira de Barros, 58 anos, esbravejava a sua maior dor: “eu sei que erraram, mas os seguranças deram eles na bandeja para a morte”. Ela repetiu isso inúmeras vezes durante o protesto, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (30) no bairro de Fazenda Coutos III, pelas mortes de Bruno Barros Silva, 29, e Ian Barros Silva, 19. Ela é mãe de Bruno e avó de Ian, que foram encontrados brutalmente assassinados no porta-malas de um carro na Polêmica, após terem sido flagrados furtando na loja do supermercado Atakarejo, em Amaralina, na última segunda-feira (26). A família diz que as vítimas foram entregues a traficantes do Nordeste, responsáveis pelas mortes.